O professor Avaci conta com uma trajetória marcada pela
disseminação da arte e da cultura em Surubim.
Avaci Duda Xavier nasceu em Surubim, no dia 5 de maio de
1982. É casado com a professora Karla Michelly dos Santos Fabrício. Estudou nas
escolas: Benedito Rosendo Freire (em Casinhas), Lourenço Ramos, Ana Faustina, Severino
Farias e Colégio Marista Pio XII. Como estudante, sempre se destacou por seu
bom desempenho, sobretudo como excelente leitor. Amante da arte e da
literatura, inicia sua trajetória artística como ator de teatro no Colégio
Marista. Em 1999, protagonizou o espetáculo “O circo avarento” de Ariano
Suassuna, montagem dos grupos Fantasia e Cia. Teatral Caracter, apresentando-se
para o próprio Ariano.
Sua
dedicação aos estudos o fez ingressar na Universidade em 2001. Formando-se em
História pela Universidade de Pernambuco (UPE), prossegue estudos de
pós-graduação em “História das Artes e das Religiões” pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco (UFRPE). Em 2008, concluiu o curso de Atualização no Ensino
da Arte na Conteporaneidade pela UFPE.
Enquanto
cuidava de sua formação acadêmica, já iniciava sua trajetória profissional. Em
2002 iniciou sua carreira como professor, na Escola Maria Cecília onde
ministrava aulas de História e Geografia. Lá fundou a Cia. Aplausos de Teatro,
participando de vários Festivais, recebendo destaque a peça “Um Velório para
Três Viúvas”. No mesmo ano foi convidado para lecionar inglês e literatura no
Colégio Marista Pio XII. Em 2003 retorna a atividade teatral na escola onde
fora aluno em anos anteriores, monta a peça “Em boca fechada não entra
mosquito” de Ariano Suassuna, espetáculo que se tornou um grande sucesso e que
teve participação em vários festivais de teatro. Em 2004, monta a peça
“Doroteia” de Nelson Rodrigues, com a qual alcançou grande êxito recebendo
vários prêmios, incluindo melhor espetáculo e melhor diretor. Em 2005 dirige os
espetáculos, “O rapto das cebolinhas” de Maria Clara Machado e “A serpente”de
Nelson Rodrigues.
De 2003
a 2004 também atuou como professor de História e Filosofia no Colégio Nossa
Senhora do Amparo. No final de 2005 é selecionado para ocupar o cargo de
Técnico de Cultura do SESC Surubim, assumindo a função em março de 2006. Nesse
mesmo ano é aprovado em concurso público para exercer a função de professor de
História na rede estadual de ensino, sendo lotado na Escola Severino Farias.
Como
Técnico de Cultura do SESC, contribuiu significativamente para a disseminação
da arte e da cultura em Surubim, incentivando e homenageando diversos artistas
de nossa cidade. Avaci é idealizador de vários projetos ainda ativos naquela
instituição: Mostra SESC de Quadrilhas Juninas, Mostra SESC de Teatro, Mostra
SESC de Dança, Projeto Encanto, Encontro de Corais, Surubim Literário, Artistas
da Cidade, Intervenções Culturais, entre outros. Ainda como técnico de cultura,
funda o Grupo Proscênio de Teatro e viaja por várias cidades do estado de
Pernambuco dirigindo os espetáculos: “Torturas de um coração”, “As Malditas”,
“Ponto Final” e “Três”.
Como
escritor do gênero poema, participou das coletâneas “Santo de casa faz milagre”
publicado pela UPE e “ I Antologia dos Poetas de Surubim”, publicação da ALAS
(Associação de Letras e Artes de Surubim).
Participa
também de alguns grupos artísticos: ALAS, Solus Cia. De Dança e Associação
Capiba.
Atualmente
ministra aulas de História na Escola Severino Farias. Avaci é mestre em
Educação pela Universidade Del Salvador (Buenos Aires, Argentina) e escreve
artigos para publicação em jornais de Surubim e região. Em 2014 terminou a
especialização fundamentos da Educação pela UEPB de Campina Grande e em 2015
terminou a especialização em Direitos Humanos pela UFPE. Em 2016, terminou uma
nova graduação (Educação Física) pela UFPE.
Também
é um dos colaboradores do Jornal Terra da Gente onde mantém uma coluna de
Cultura.
Nosso
querido amigo Avaci Xavier veio para mostrar que Surubim pode se transformar em
um pólo de cultura, exportando e produzindo arte. Ousado, dinâmico e notável,
não se limita as suas obrigações, nossa referência cultural.
Construiu
todo um caminho, a sua maior felicidade é saber que todos sabem da importância
de um trabalho bem feito. Se desligou do Sesc como supervisor de cultura, cargo
que exerceu por 11 anos. Mas adverte “isso não quer dizer que me afastei da
cultura, vou me dedicar aos estudos, investir na área acadêmica”.
Avaci
tem parte da sua vida dedicada à cultura, à criatividade - qualidades
indispensáveis para o sucesso.
Avaci
nossa referência cultural.
DEPOIMENTOS:
Edivando Pereira Alves
Falar
de Avaci, é falar de cultura, de arte, de escola, e porque não dizer! Da
história em geral!
Lembro-me
da primeira vez que o conheci como professor, e como ele reagiu quando nos viu
na sala de aula.
A
princípio, notei um pouco de medo em sua expressão. Afinal, eram dois alunos
com deficiência visual para ele administrar durante um ano todo.
Lá
estava eu junto com Cláudia, buscando aprender cada vez mais, e aperfeiçoar
nossos conhecimentos.
Naquele
momento, senti que seria bastante difícil tanto para ele como professor, quanto
para nós como alunos.
Ainda
bem que ele mesmo tomou a iniciativa, e perguntou se precisaríamos de
intérprete para nos ajudar a entender o conteúdo mostrado na sala.
Foi
quando pedi a palavra e falei que não. Mas, que seria necessário que ele
falasse mais, expondo o assunto com detalhes para facilitar o debate.
Dito, e
feito. Desde aquele momento, ele começou a passar o conteúdo como se estivesse
em um teatro. E eu, como gostava da arte, mergulhei tal como um cisne no lago,
embarcando no assunto como nunca havia embarcado antes. A pena, é que ele era
da área de história, mas tinha de ensinar matemática em uma sala com muitos
alunos.
Quando
o trabalho parecia que já ia fluir, houve uma mudança de professor. Sai Avaci,
e entra outro, o qual no momento não me recordo quem, mas que mudou todo um
contexto que era trabalhado para outro mais duro e mais complexo.
Mas o
destino colocou-o em nosso caminho mais uma vez, mas só que no ensino médio.
Mais uma vez, quando estava mergulhando na história e na filosofia, houve
novamente mais outra separação. Dessa vez, saímos do ensino regular para um
totalmente diferente e fraco, onde os conteúdos eram bons, mas ninguém sabia
transmitir.
Antes
do terceiro encontro, irei contar como conhecemos o Sonora Brasil. Quando ainda
era nosso professor, ele nos convidou para ir a uma edição do Sonora. Naquela
época, era uma turma que veio do Sul, só não lembro o estado.
Como
sempre, Deus vem nos pregando surpresas. Não é que Avaci aparece em nossas vidas
outra vez! Agora, como diretor de cultura do Sesc, e cheio de ideias. Soube até
que ele estava aprendendo braile! Vamos ao que interessa. O que falei até agora
dele, é só o começo da vida vasta que ele possui. Avaci está para a cultura,
como a cultura está para Avaci.
Pelo
que já foi falado de sua vida, e pelo que já fez nos lugares em que passou, só
temos mesmo é que lamentar a sua saída precoce do SESC, depois de tudo que ele
realizou naquela instituição. Na arte da dança, teatro, quadrilhas, nas homenagens
prestadas a personalidades de Surubim ainda vivas, e tantos e tantos valores
que ele já resgatou, e que estavam esquecidos dentro de nosso município.
Avaci,
é um homem não só de carne e osso, mas com cultura em sua composição. Quem o
conhece, já sente o cheiro da arte e da cultura.
O Sesc
só tem a perder com a saída dele, pois já não conta mais com uma pessoa
caridosa, honesta e respeitada como ele é. A instituição segue, mas é como se
faltasse a outra metade. Não só eu, mas todos aqueles que lidam com a cultura,
está torcendo, e orando a Deus para que ele volte.
Klebson Oliveira - o poeta
Meu
contato com Avaci Xavier, foram nas aulas de teatros, nos concursos de
quadrilhas estilizadas que dancei.
Logo
após, como todo artista que começa seus trabalhos fui convidado por Avaci, uma
recomendação do poeta Nêgo do Manduri para participar do primeiro encontro de
violeiros regional.
Avaci,
diante do Sesc deu oportunidades aos artistas iniciantes como também aos
veteranos.
É
importante esse acolhimento para com a gente.
Falar
de Xavier, é afirmar que é um excelente professor pessoa humana, extraordinária
e impoluta.
Maria José de Brito
No
exato momento em que se abriram as portas para realizar a seleção dos
candidatos para trabalhar com ARTE no SESC LER, eu, Maria José de Brito, estava
lá, em meio a um grande grupo, com mais ou menos umas vinte pessoas, que
desejavam ocupar uma única vaga. Havia pessoas capacitadas de todas as áreas:
música, teatro, dança, literatura e artes plásticas. Difícil escolha. Quem
seria o escolhido?
Passaram-se
alguns meses e o único aprovado foi: Avaci Xavier. Através daquela empresa, ele
realizou um trabalho multicultural em nossa cidade edificando conhecimento,
criando e dando oportunidade para muitos artistas, algo novo em uma cidade
árida para a arte.
Ele nos
possibilitou muita coisa: Mostras de Teatro e Dança, Encontros de Corais, ações
de literatura como o Surubim Literário e o Intervenções Literárias, Mostras de
Quadrilhas, diversas ações que deram visibilidade ao SESC em nossa cidade.
Eventos e projetos continuados e de forma gratuita dando oportunidade a muita
gente de usufruir, apreciar e se deleitar com a magia da Arte de educar. Ele
fez acontecer coisas maravilhosas em nosso meio.
Tive a
honra e a felicidade de participar de dois projetos idealizados por ele, dessa
forma pude dialogar com alunos de várias escolas de nossa cidade: SESC, Amparo,
Marista, Severino Farias. No ano passado (2015) participei do projeto
Intervenções Literárias nas seguintes escolas: SESC, Marista e outras duas
escolas mais afastadas do centro: Maria Amélia (Coqueiro) e Manoel Mathias (Chã
do Marinheiro). Com essas ações no campo da literatura pude constatar um maior
interesse dos alunos pela leitura. Acompanhei de perto a trajetória de um
profissional preocupado com a educação, um especialista no que realiza, um
educador compromissado com o que faz.
Por um
determinado período em que Avaci esteve afastado, pudemos experimentar uma
aridez no solo da arte em Surubim. Nós surubinenses, artistas, plateia... Nós
que fazermos e apreciamos ARTE, nos questionamos: O que faria uma instituição
desperdiçar um profissional qualificado? Um profissional que eleva o nome da
empresa? Que trabalha com compromisso, dedicação e responsabilidade?
Em
nossa cidade temos muitas pessoas capacitadas para exercer essa função, mas
acredito que poucas irão realizar tantos projetos e com tanta dedicação na arte
do fazer e do fazer bem feito. Infelizmente a cultura da nossa cidade fica mais
triste por não contar mais com as ações de um incansável batalhador pela arte.
Quem
perdeu com tudo isso fomos todos nós surubinenses, que conhecemos de perto não
só o ser humano, mas o profissional que é Avaci Xavier. Tenho certeza de que
Deus tem lhe reservado algo bem melhor pela frente.
Avaci,
saiba do carinho e da admiração que temos por você.
Claudia Alves
Avaci,
um anjo da cultura surubinense. Pessoa sábia como nunca conheci. Homem tão
íntegro, que faz história onde passa. Lobo da cultura, que nunca guarda o
conhecimento só para si.
Avaci,
você pode não fazer mais parte dos trabalhos do Sesc, porém, sempre fará parte
das lembranças boas que moram em meu coração. Não só em meus conhecimentos
habitará como mentor depois de Deus, mas para o conhecimento dos Surubinenses
sois um mito!
Deborah Duarte
Amigo
Avaci Xavier, grande incentivador da arte e da cultura na cidade de Surubim. No
que diz respeito à arte da dança, sempre valorizou os trabalhos dos coreógrafos
locais, nos instigando, nos oportunizando e nos fazendo crescer como artistas e
profissionais.
A você
Avaci todo meu agradecimento e reconhecimento.
Banda Severino Farias
“Seus
trabalhos brilham por onde passam, parabéns pelo grande profissional que você é
Avaci Xavier”.
Edilton Santos
Avaci
Xavier, grande incentivador da arte e da cultura na cidade de Surubim. Você fez
e sempre fará a diferença na cultura, porque és um homem de visão, e um visionário
com a sensibilidade de enxergar os detalhes, seja em qualquer área da cultura,
és um homem que sabe o verdadeiro sentido que se deve dar para os movimentos
artístico-culturais, não vejo Surubim sem os seus trabalhos, você é um divisor
de águas na cultura de Surubim.
Edvaldo Clemente
Tiro o
chapéu para Avaci Xavier, um operário abnegado da cultura surubinense, merece
nossos aplausos, ele despertou muito os nossos valores culturais.
Merecedor de toda admiração e reconhecimento.
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