Em Limoeiro, a cultura popular foi destaque mais uma vez! Dos dias 27 a
28 de fevereiro, os Bois Caboclinhos ganharam toda a atenção, onde mais de 15
folguedos populares mostraram a alegria e a tradição se mantêm viva, e se
depender dos brincantes será para sempre.
No centro da Avenida Severino
Pinheiro, foi montado o palco principal que aportou o Festival Canavial com o
tema raízes em movimento, que nesta edição, homenageou a Maria Budi, Chico
Simões, Cleonice Maria e Anildomá Willams. Bois, frevo, maracatu, coco de roda
e até o Forró tomaram conta da principal avenida da cidade.
Durante o festival, o Galpão das Artes foi palco do I Seminário sobre
Política Cultural e Cultura Popular, onde recebeu dezenas de produtores
culturais e fomentadores de arte que discutiram sobre a atual situação do
“fazer arte” e o incentivo cultural. Através de debates, também foram
discutidos assuntos pertinentes a continuidade na luta pela valorização da
cultura popular brasileira, em especial a pernambucana. No Galpão, também houve
a realização de um encontro dos Pontos de Cultura de Pernambuco.
Na noite do dia 27, os bois trouxeram todo o seu brilho, colorido e
entusiasmo. Personagens e folguedos folclóricos bem conhecidos pelo público,
tornaram-se uma atração à parte, onde Calús, Mateus, Catirinas, La ursas, Morto
Carregando Vivo e muitos outros fizeram uma linda festa. O Boi Caboclinho é
derivado do Bumba-Meu-Boi, que é uma manifestação cultural do povo nordestino.
Numa espécie de tourada, valentes caboclos e outros personagens duelam contra o
Boi. Outro destaque são os “saltos mortais múltiplos” dos caboclos trajados em
luxuosas fantasias de penas de aves coloridas.
Para o limoeirense, Francisco Pereira, 56 anos, o momento foi de muita
emoção onde relembrou parte de sua infância e de antigos carnavais. “Como foi
lindo e emocionante ver todos esses bois se apresentando. Ainda me lembrou,
quando jovem, que brincava em frente de casa de La Ursas e tinha muito medo do
chicote da Calú e da bexiga do Mateu. A Prefeitura está de parabéns em
possibilitar revivermos esses momentos. Isso é cultura de verdade”, disse
emocionado Francisco.
Além de apresentações dos folguedos, o palco principal do festival
contou com participação da orquestra de frevo Zezé Correia (Upatininga/PE), e
logo após, a cantora alagoana Roberta Aureliano não deixou ninguém parado ao
som do melhor da música nordestina. O Festival Canavial é uma realização do
Maracatu Estrela de Ouro e Associação Canavial em uma parceria com a Prefeitura
de Limoeiro e Ministério da Cultura, que ainda, conta com o patrocínio da
Petrobras.
Fotos Valdir Gomes | DI.PML
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