Gratificação por apreensão de arma de fogo será paga por arma apreendida e corresponderá a um valor entre R$ 700 e R$ 2.000. Medida foi publicada no Diário Oficial, nesta quinta-feira (26).
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Gratificação é destinada a policiais civis e militares, de
acordo com a produtividade (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
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O Governo de Pernambuco sancionou uma nova lei que modifica
a forma de pagamento dos valores da Gratificação do Pacto Pela Vida (GPPV), com
relação à produtividade ou do desempenho nas Áreas Integradas de Segurança
(AIS) e nos Grupos de Unidades Operacionais (GUO). A medida foi publicada no
Diário Oficial de Pernambuco nesta quinta-feira (26) e determina que o pagamento
dos valores seja feito desde que sejam atingidas as metas de redução da
criminalidade.
De acordo com o secretário executivo de gestão para
resultados da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Anderson
Freire, a gratificação foi vinculada aos resultados almejados pelo estado por
uma necessidade da atual conjuntura da segurança pública em Pernambuco. Dessa
forma, os valores só serão pagos caso as metas de diminuição dos crimes sejam
atingidas.
“As gratificações já existem desde o início do Pacto Pela
Vida, em 2007, mas naquele momento, a realidade do crime era outra. O crime
evoluiu e o Pacto pela Vida não é estático. A partir do momento que se
identificou que determinada situação não estava funcionando, foi feito o
ajuste”, afirma Freire.
As novas regras, sancionadas na quarta-feira (25), são
destinadas aos policiais civis e militares selecionados, conforme respectiva
lotação. Podem receber a gratificação os agentes que cumprirem mandados de
prisão e busca e apreensão no âmbito da operação Malhas da Lei; apreenderem
cocaína, crack e seus derivados; e armas de fogo sem porte legal.
O bônus por apreensão de arma de fogo será pago por arma
apreendida e corresponderá a um valor entre R$ 700 e R$ 2 mil, de acordo com a
classificação da arma de fogo e do explosivo de uso exclusivo das Forças
Armadas.
Até quatro policiais que atuam nas equipes de Malhas da Lei
vão receber gratificação de R$ 20 por ponto acumulado durante as operações no
mês. Cada tipo de prisão, busca ou apreensão tem um peso diferente, que,
somados, formam o ranking dos agentes com maior produtividade. Esse é um prêmio
mensal.
Na área de combate aos entorpecentes, os 50 policiais civis
e 50 militares que mais apreenderem crack, cocaína e pasta base de cocaína vão
receber, cada um, R$ 1.000, desde que tenham apreendido a quantidade mínima de
120 gramas de crack convertido. Do 51º ao 100º colocados em apreensão, o bônus
vai ser de R$ 500, para 80 gramas, enquanto aqueles que ficarem entre 101º e
150º, recebem cada um R$ 250, para 40 gramas.
Gratificações não afetam orçamento, diz secretário
Diante do reforço de 1500 policiais no estado a partir de
setembro, a promessa de gratificações vinculadas aos resultados pode levar a
crer que o trabalho será responsável por um investimento financeiro
considerável, mas o secretário executivo de gestão para resultados acredita
que, com a redução da violência, o investimento em outras áreas, como a saúde,
deve diminuir e, portanto, possibilitar o equilíbrio nas contas.
“A partir do momento em que se reduz a violência, é possível
reduzir os gastos em outras áreas como a saúde, por haver menos mortes por
agressão e menos pacientes que foram vítimas de crimes. Sendo assim, haverá
economia nessa área. É um ciclo, não é uma coisa isolada”, conta.
Por: G1.
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