O presidente Michel Temer assinou hoje (30) duas Medidas
Provisórias (MP) para cumprir o ajuste fiscal. A informação foi confirmada pelo
ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, em entrevista à
imprensa. Juntas, as medidas devem injetar nos cofres da União cerca de R$ 13,2
bilhões.
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O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou que o
presidente assinou MPs do ajuste fiscalFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Uma das medidas é a alteração na contribuição
previdenciária, de 11% para 14%, para servidores públicos com salários acima de
R$ 5 mil. Quem ganha acima desse valor terá uma nova tributação, mas somente em
referência ao valor que ultrapassar o limite estipulado. Assim, se o servidor
ganha R$ 6 mil, a nova tributação incidirá apenas sobre R$ 1 mil.
Na mesma medida provisória, está previsto o adiamento do
reajuste para servidores públicos em 2018. “Há uma medida que traz postergação
dos reajustes previstos para 2018 para o conjunto de categorias do governo
federal que são as mais bem remuneradas e que tinham anteriormente feito um
acordo de reajuste por um período de quatro anos”, disse o ministro.
A outra MP altera a tributação do Imposto de Renda (IR)
sobre fundos financeiros fechados, chamados de fundos exclusivos. Destinados a
grandes clientes, esses fundos, que são fechados e não têm livre adesão,
pagavam, até meados de agosto, Imposto de Renda apenas no fechamento ou no
resgate das cotas. O imposto, então, passou a ser cobrado todos os anos, como
ocorre com os demais fundos de investimento. Agora, haverá um aumento nessa
tributação.
“A tributação dos fundos exclusivos têm impacto de R$ 10,3
bilhões bruto. No entanto, como se trata de imposto de renda, uma parte tem que
ser compartilhada com estados e municípios através do FPM e FPE [Fundos de
Participação de Estados e Municípios]. Portanto, restando um saldo líquido para
a União de R$ 6 bilhões”, explicou Oliveira. Somados a isso, a União prevê uma
economia de R$ 5 bilhões com a postergação dos reajustes, além de um aumento de
receitas de R$ 2,2 bilhões com o aumento da contribuição previdenciária.
Refis
Também está prevista uma Medida Provisória para prorrogar a
adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), conhecido como
novo Refis. O Palácio do Planalto confirmou que a MP será assinada pelo presidente,
o que precisa ocorrer até amanhã (31), quando termina o prazo de adesão.
Michel Temer continua em São Paulo, onde se recupera de um
procedimento cirúrgico.
Por: Agência Brasil.
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