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O comércio
virtual deve ser o principal meio de compras do Natal em 2017, segundo
levantamento do SPC Brasil Agência Brasil/EBC
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As vendas
pela internet devem crescer neste ano, tornando o comércio virtual o principal
meio de compras do Natal de 2017, segundo pesquisa divulgada hoje (8) pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento feito nas 27
capitais brasileiras indicou que 40% dos consumidores pretendem adquirir
presentes pela rede. Desses, 54% disseram que pretendem comprar mais da metade
das lembranças de fim de ano dessa forma.
O número
indica que as compras pela internet devem superar as feitas em centros comerciais,
estimadas para este ano em 37%. Em 2016, os centros comerciais, como os
shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio
eletrônico correspondeu a 32%. Em 2017, 37% dos consumidores ainda que
pretendem ir a lojas de departamento, 26% a lojas de bairro e 13% a shoppings
populares.
Sobre a
escolha dos locais de compra, 58% dos consumidores disseram que escolhem o local pelo preço, 50%
pelas ofertas e promoções, 27% pela diversidade de produtos e 20% pelo
atendimento.
Para a
economista-chefe do SPC, Marcela Kwauti, o crescimento do comércio eletrônico é
uma tendência que deve, inclusive, pressionar as lojas físicas a disputar a
preferência dos consumidores. “Isso em algum momento ia acontecer, por conta da
crise ou mesmo que a gente não tivesse tido a crise. A internet vem ganhando
espaço e isso não tem volta”, enfatizou.
Dentro do
comércio virtual, as páginas de grandes empresas são a opção de 68% dos
compradores, seguida pelos sites de classificados de compra e venda (42%) e os
especializados em roupas, calçados e acessórios (34%).
Estabilidade
De forma
global, o levantamento do SPC estima vendas de Natal em um patamar semelhante
ao do ano passado. Em 2016, a projeção apontou para um movimento de cerca de R$
50 bilhões, enquanto em 2017, o montante deve chegar a R$ 51,2 bilhões. Segundo
o estudo, 110 milhões de consumidores têm a intenção de dar presentes neste fim
de ano.
Os dados
mostram ainda que 26% dos que vão comprar presentes querem gastar menos do que
em 2016 – 32% apontam a situação financeira ruim como razão –, enquanto 33%
pretendem gastar o mesmo valor que no ano passado e 19% têm a disposição de
gastar mais. A média de gastos deve ficar em R$ 461,91, distribuídos em quatro
ou cinco itens.
Cerca de um
terço dos consumidores (34%) pretende comprar à vista no dinheiro, 19% com o
cartão de débito e 31% parcelar no cartão de crédito.
Na avaliação
de Marcela, os números refletem o cenário econômico atual. “É o Natal do início
da recuperação da economia, mas o consumidor ainda não tem dinheiro no bolso
para comprar como ele comprava antes da crise”, resumiu. Ela ressaltou que
existem alguns sinais de melhora, mas em outros há apenas indícios de retomada.
“O que a gente já tem de recuperação são juros menores, inflação controlada.
Você começa a ver o crédito se recuperar, os primeiros sinais de desemprego em
queda e vendas no varejo começar a crescer”, completou.
O retorno da
economia brasileira aos patamares pré-crise, semelhantes ao de 2013, deve
acontecer, segundo as projeções da economista, somente em 2020.
Por: Agência Brasil.
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