Ressurreição de Jesus Cristo é comemorada neste domingo (1)
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Neste domingo (1), diversas religiões ao redor do mundo
comemoram uma das datas consideradas mais importantes entre os fiéis: a Páscoa.
Para o cristianismo, a data é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo e
representa a "passagem da morte para a vida, lembrando a libertação do
povo do Egito rumo à terra prometida", afirmou à ANSA José Roberto Prado,
padre da diocese de Santo Amaro, em São Paulo.
Segundo ele, "a Páscoa é uma tradição tipicamente
cristã-judaica e passa uma mensagem onde a paz e renovação são pontos
principais". "A comemoração é a mais importante dos cristãos e
representa a vitória sobre a morte", disse.
Entre os símbolos litúrgicos adotados pelos católicos estão
o coelho, que representa a fertilidade e esperança de uma nova vida, o círio
pascal, uma vela que representa a luz de Cristo usada durante o tempo pascal, e
a água, que é abençoada.
"Além disso, o cristianismo associa a imagem dos ovos
de chocolate ou ovos de Páscoa, que são uma tradição milenar, porque
costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois o ovo é um
símbolo de nascimento", explicou Padro.
Durante o período pascal, os padres também usam cores de
vestes específicas nas celebrações. No início da Quaresma, ou seja, na
Quarta-Feira de Cinzas, que vai até o sábado que antecede ao Domingo de Ramos,
eles utilizam a cor roxa, que significa penitência.
No Domingo de Ramos são usadas vestes vermelhas,
simbolizando o martírio. "Somente no domingo de Páscoa, os párocos
utilizam vestes brancas ou douradas expressando a alegria e vitória: o
renascimento", ressaltou o padre católico. O papa Francisco também
explicou, nesta semana, que o Tríduo Pascal é a representação dos dias
"mais importantes do ano litúrgico" que constituem a "memória de
único grande mistério: a morte e a ressurreição de Jesus Cristo".
O Pontífice ressaltou que para os fiéis a festa mais
importante da fé católica é a Páscoa e não o Natal, porque ela é a comemoração
da "salvação, a festa do amor de Deus por nós". "O único que nos
justifica, o único que nos faz renascer de novo é Jesus Cristo. Nenhum
outro", acrescentou.
Nas religiões Umbanda e Candomblé, "a comemoração da
Páscoa é igual à da Igreja Católica, pois 99% da crença vem do catolicismo.
"Não temos cultos diferentes. Nós temos sincretismo católico",
explicou à ANSA o sacerdote Pai Salun, presidente da Federação de Umbanda e
Candomblé do Estado de São Paulo (Fucesp). "Na Sexta-Feira Santa, muitos
terreiros não abriram. Hoje, na minha federação, fazemos uma caminhada para
reverenciar Ogum que na Igreja Católica é o São Jorge. No Domingo, comemoramos
a Páscoa e entregamos ovos", ressaltou.
Já a Páscoa judaica celebra a libertação do povo judeu da
escravidão do Egito, remetendo a fatos ocorridos há mais de três mil anos. A
data também é conhecida como "Festa da Libertação" ou
"Pessach". Na noite de celebração, as casas judaicas devem estar
limpas e arrumadas. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu
consumo proibido. Um dia antes da Páscoa, a família deve jejuar em homenagem
aos primogênitos que não foram atingidos pela última das pragas egípcias. Já
para as testemunhas de Jeová, a data é importante, mas não há comemorações
especiais.
O budismo também não comemora a Páscoa. A doutrina tem suas
próprias festas e as mais celebradas são as que fazem referência ao nascimento
de Buda. Os muçulmanos também não festejam a Páscoa, já que as cerimônias mais
importante do islamismo é o Ramadã: um mês de jejum, em que se celebra a
primeira revelação feita por Deus a Maomé, e a peregrinação a Meca. Apesar das
raízes do Cristianismo e do Islamismo terem as mesmas origens, tendo como
profetas Abraão, Noé e Moisés, os destinos históricos são diferentes. Para a
crença islâmica, profeta é um ser sagrado com a missão de trazer a palavra de
Deus, e por tal motivo, nunca poderia ser crucificado.
Para eles, a Páscoa significa a renovação da fé. Os
espíritas, apesar de não comemorarem as datas celebradas por outras religiões e
doutrinas, respeitam as manifestações religiosas de todas as igrejas cristãs.
Por sua vez, os evangélicos, como todos os cristãos tradicionais, dão grande
importância para a Semana Santa e Páscoa.
Durante a sexta-feira santa acontece um culto especial,
chamado "Cantata", onde há apresentações de teatro, música e dança.
Já no domingo de Páscoa há o culto da ressurreição. No entanto, "cada
igreja tem o seu estatuto e sua forma de atuar, mas existe algo que é genérico.
Nós não acreditamos no coelho da Páscoa e nem no chocolate", disse à ANSA
a pastora Kakau, da Igreja Renascer em Cristo.
"A páscoa para nós é uma passagem quando Jesus Cristo se entrega como oferta. Ele veio como homem para nos redimir do pecado, ser nosso redentor, porque só ele tem o poder da vida e da morte", ressaltou ela. Segundo Kakau, para os evangélicos, "a Páscoa significa a concretização desse plano. É Jesus Cristo passando da vida para a morte e da morte para ressureição", finalizou. Com informações da Ansa.
Por: Notícias ao Minuto.
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