A WCS Brasil desenvolveu uma base de informações sobre as bacias que formam a Bacia Amazônica, a maior hidrográfica do planeta
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© Reuters / STRINGER Brazil
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"O novo programa de proteção da Bacia Amazônica só terá
êxito se houver uma interação real entre os países envolvidos,
independentemente da coordenação do Banco Mundial (Bird)." A avaliação é
de Carlos Durigan, diretor da Worldlife Conservation Society (WCS Brasil).
Em entrevista à Sputnik Brasil, o dirigente analisa os
objetivos do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia, que compreende,
inicialmente, cinco projetos em três países da região: um no Brasil, dois na
Colômbia e dois no Peru, que representam 83% da área total da bacia. Esses
projetos foram os primeiros contemplados pela iniciativa que começa com
recursos de US$ 113 milhões. O Bird será o coordenador do programa e vai
liderar uma plataforma de intercâmbio de conhecimento e monitoramento sobre o
tema.
"O que se espera é que projetos tenham um forte
componente de articulação com organizações, sejam da sociedade civil, sejam
agências governamentais para que os recursos sejam bem aplicados. Os recursos
para esses tipos de programas não são de investimento, mas de doações que demandam
contrapartidas por parte dos governos", explica o diretor da WCS Brasil.
"A Amazônia não é só Brasil, ela ocupa território de
nove países, por isso é essencial haver um olhar regional, independente da
geopolítica, sobre o bioma e a Bacia Amazônica, que tem 7 milhões de
quilômetros quadrados e trabalhar de uma forma integrada com o envolvimento de
comunidades, de municípios, estados que compõem toda essa estrutura
administrativa na região", diz Durigan.
A WCS Brasil desenvolveu uma base de informações sobre as
bacias que formam a Bacia Amazônica, a maior hidrográfica do planeta, que detém
um quinto da água doce do planeta e um dos mais importantes sistemas
atmosféricos, que é a própria floresta.
"É importante ter esse olhar macro para a região e desenvolver
ferramentas que nos permitam trabalhar a conservação em escala abrangente.
Cuidar da Amazônia não é só cuidar da região e da biodiversidade, mas também
pensar a contribuição que essa região tem para outras biomas do Brasil, da
América do Sul e mesmo do mundo", afirma o diretor da WCS Brasil.
Durigan lembra que o Bird, desde os anos 90, tem um fundo de
apoio a projetos de proteção ambiental junto a países em desenvolvimento que
teve a adesão do Brasil em 1994. Na visão do especialista, embora a coordenação
fique a cargo do Bird, a execução das ações do programa caberá aos países, que
terão a autonomia de decidir a aplicação dos recursos conforme os compromissos
internacionais assumidos como nas convenções de biodiversidade e clima. Com
informações do Sputnik Brasil.
Por: Notícias ao Minuto.
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