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Decisão do plenário do STF repercute na imprensa da
EuropaCarlos Moura/SCO/STF
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O julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luís Inácio
Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal ganhou destaque hoje (5) nos meios
de comunicação ao redor do mundo. Na Europa, jornais como o italiano Corriere
della Sera e o francês Le Figaro afirmaram em suas manchetes que Lula está a um
passo de ser preso.
O Le Figaro declarou que Lula, que até ontem era o candidato
favorito às eleições presidenciais, deve ser preso em breve, provavelmente na
semana que vem.
"Em teoria, agora nenhum obstáculo separa o ícone da
esquerda da prisão, mas, de acordo com muitos juristas, ele não deve ser preso até
a semana que vem, provavelmente na terça-feira", afirmou o jornal.
Para o italiano Corriere della Sera, a decisão do STF é um
golpe para Lula e para o Partido dos Trabalhadores (PT), que devem começar a
preparar uma candidatura alternativa para as eleições presidenciais deste ano.
"Para alguns, Lula é o símbolo da corrupção política;
para outros é um herói popular vítima de uma conspiração golpista", disse
o jornal.
A britânica BBC destacou que, por decisão da Suprema Corte,
Lula deverá aguardar o julgamento dos recursos na prisão. O texto afirma que as
batalhas judiciais de Lula dividiram os brasileiros e que essa decisão não foi
diferente.
"Seus críticos lançaram fogos de artifício em
comemoração. Os partidários de Lula foram para casa furiosos com o que dizem
ser uma afronta à democracia e um golpe", disse a BBC.
Prisão iminente
O espanhol El País deu destaque à iminente prisão de Lula. O
jornal afirma que é possível que a reclusão de Lula, "um dos líderes
políticos mais populares do planeta há uma década", seja breve já que a
defesa ainda pode recorrer.
Em Portugal, os jornais Expresso e Diário de Notícias também
noticiaram o julgamento. Ambos ressaltaram que a prisão de Lula não deve ser
imediata.
"A decisão do STF será depois remetida para as
instâncias judiciais inferiores e caberá ao juiz Sérgio Moro a ordem de prisão
efetiva", afirmou o Diário. "A execução provisória da pena não deverá
impedir juridicamente a candidatura presidencial de Lula da Silva, à frente nas
sondagens para as eleições de outubro".
Por: Agência Brasil.
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