"Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada", afirmou Luiz Gonzaga Schroeder Lessa
![]() |
© Ricardo Stuckert
|
O general de Exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder
Lessa afirmou que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) deixar Luiz Inácio Lula
da Silva solto, estará agindo como "indutor" da violência entre os
brasileiros, "propagando a luta fratricida, em vez de amenizá-la".
Lessa foi além. Disse que, se o tribunal permitir que Lula
se candidate e se eleja presidente, não restará outra alternativa a não ser a
intervenção militar. "Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu
não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força
Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá."
As declarações de Lessa se inserem na onda de manifestações
de oficiais generais da reserva contra a concessão de habeas corpus para
impedir a prisão de Lula e a possibilidade de o petista se candidatar à
Presidência.
"Nosso objetivo principal nesse momento é impedir
mudanças na lei e colocar atrás das grades um chefe de organização criminosa já
julgado e condenado a mais de 12 anos de prisão que, com o respaldo desse
supremo fortim (o STF), tem circulado livre e debochadamente por todo o território
nacional, contando mentiras, pregando o ódio e a luta de classes",
escreveu o general Paulo Chagas, que é pré-candidato ao governo do Distrito
Federal.
Lessa já havia se manifestado na semana passada à Rádio
Bandeirantes, de Porto Alegre, quando também foi enfático. Disse que a
confrontação não será pacifica. "Vai ter derramamento de sangue,
infelizmente é isso que a gente receia." E acrescentou que essa crise
"vai ser resolvida na bala." Nesta segunda-feira, 2, à reportagem,
disse: "O que querem no momento é abdicar da Justiça e fazer politicagem
na mais Alta Corte do País."
Lessa foi comandante militar do Leste e da Amazônia e
presidiu o Clube Militar. "Vejo o general Villas Bôas (comandante do
Exército) preocupado com a estado atual e defendendo solução pela via
democrática, constitucional, pois a interferência das Forças Armadas, sem
dúvida, vai causar derramamento de sangue.
"No mesmo sentido, Chagas afirmou que se "as
Forças Armadas se julgarem na obrigação de agir, haverá muito mais sangue do que
o das 60 mil vítimas anuais da violência, porque, dessa vez, somam-se aos
interesses globalistas, políticos e ideológicos, os do crime organizado."
O Exército informou que as declarações de Lessa representam
a "opinião pessoal" dele. "O Exército brasileiro pauta sua
atuação dentro dos parâmetros legais balizados pela Constituição Federal e
outras normas que regem o assunto." O STF disse que não se manifestaria
sobre o caso. Com informações do Estadão Conteúdo.
Por: Notícias ao Minuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário