Do total, 19 são procuradores de primeira instância
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© Flirck /
Ricardo Stuckert
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Denunciado
nesta segunda-feira (30) por Raquel Dodge, procuradora-geral da República, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acumula agora o número de 25
integrantes do Judiciário e do Ministério Público que entendem como crimes
alguns de seus atos durante seu mandato ou depois do fim do governo.
Agora alvo
de nove denúncias, além daquela que levou a sua condenação e prisão, o petista
diz ser perseguido politicamente na Operação Lava Jato e suas decorrentes.
As peças de
acusação mostram que 19 procuradores de primeira instância -entre eles 13 da
força-tarefa do Paraná- concordam que Lula cometeu algum crime. No Distrito
Federal, seis procuradores assinaram denúncias.
Além deles,
agora Raquel Dodge e antes seu sucessor, Rodrigo Janot, no cargo de
Procurador-Geral da República, também concluíram que o ex-presidente atuou de
forma ilegal. Dodge era oposição a Janot na PGR, mas dá demonstrações que tem
princípios parecidos ao ex-chefe.
Na Justiça,
Sergio Moro, no Paraná, concordou com as acusações de procuradores e foi o
primeiro juiz a condenar Lula na Lava Jato -por corrupção e lavagem de dinheiro
no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Acompanharam
sua decisão, ao analisar recursos, os desembargadores João Pedro Gebran Neto,
Victor Laus e Leandro Paulsen, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª
Região).
Após a
apresentação da denúncia de Dodge, nesta segunda, a assessoria de imprensa do
PT e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente da legenda, disseram mais uma vez
que as acusações acontecem no momento em que Lula "lidera todas as
pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo
brasileiro".
ACUSAÇÕES
Os dez
principais casos contra o ex-presidente -dos quais em seis ele é réu e em um já
foi condenado- variam desde tráfico de influência, passando por obstrução de
Justiça até lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.
Nesta
segunda, na primeira denúncia feita por Dodge contra Lula, a procuradora-geral
afirmou que o ex-presidente cometeu o crime de corrupção passiva. Segundo a
acusação, a Odebrecht prometeu ao petista em 2010 um valor de R$ 64 milhões
(US$ 40 milhões) em propina, que teria sido doação eleitoral em troca de
benefícios para a empresa.
A
investigação se baseou na delação premiada dos executivos da empreiteira e
também em documentos apreendidos por ordem judicial, como planilhas e
mensagens, além de quebras de sigilo.
Janot, em
seu mandato como chefe do Ministério Público, ofereceu duas denúncias contra o
ex-presidente. Lula nega irregularidades. Com informações da Folhapress.
Por: Notícias ao Minuto.
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