A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) que representa 700 mil trabalhadores garante instruir os manifestantes a deixarem passar os veículos com medicamentos, cargas vivas, combustível e produtos perecíveis.
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Hospital público
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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A paralisação de caminhoneiros em todo o país começa a
afetar os atendimentos hospitalares, inclusive as urgências e emergências.
Segundo a Confederação Nacional de Saúde (CNS), em alguns estabelecimentos
estão faltando produtos como gás medicinal, material anestésico, medicamentos,
insumos para tratamento de água, entre outros.
Em nota, a entidade pede aos manifestantes que bloqueiam as
estradas em 22 unidades da federação que permitam a passagem dos veículos que
transportam materiais médicos prioritários.
“A confederação não se opõe a nenhuma manifestação.
Entretanto, alerta que, caso esse apelo não conte com a compreensão dos
senhores, os problemas no abastecimento de insumos essenciais vão aumentar”,
destacou.
Na nota, a entidade defende ser imprescindível que a
reivindicação dos caminhoneiros não coloque em risco a saúde do cidadão. De
acordo com o presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Luiz Aramicy
Bezerra Pinto, a situação já é crítica em Curitiba, Fortaleza, João Pessoa, no
Recife e Rio de Janeiro.
“Os hospitais de várias capitais estão no limite dos
estoques de oxigênio. Acho que se não tivermos uma solução até o fim do dia,
enfrentaremos uma situação crítica”, disse Aramicy à reportagem.
Segundo ele, a federação já sugeriu aos diretores de
hospitais que, caso o abastecimento não seja normalizado nas próximas horas,
apenas os pacientes mais graves, emergenciais, sejam internados nas unidades de
terapia intensiva (UTI).
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) que
representa 700 mil trabalhadores garante instruir os manifestantes a deixarem
passar os veículos com medicamentos, cargas vivas, combustível e produtos
perecíveis. Ontem (24) a Abcam recusou a proposta apresentada pelo governo
federal e manteve a orientação para que os motoristas mantenham a paralisação.
Mesmo após o governo anunciar um acordo com as lideranças do
movimento, milhares de caminhoneiros mantêm bloqueios em diversas partes do
país. Mais cedo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não
registra desmobilização nas rodovias do país.
Por: Folha PE.
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