Teólogo Leonardo Boff encontrou o ex-presidente na tarde desta segunda sob a justificativa de que se trataria de uma visita religiosa
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© Ricardo Stuckert / Divulgação
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há um mês
na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), reafirmou sua
candidatura por meio de recado transmitido pelo teólogo Leonardo Boff, nesta
segunda (7).
"Lula mandou recado dizendo que é candidatíssimo e que
só vai renunciar à candidatura no dia em que o Moro trouxer uma única prova de
que ele é dono do tríplex", disse o teólogo a jornalistas.
Boff encontrou o ex-presidente na tarde desta segunda sob a
justificativa de que se trataria de uma visita religiosa. As visitas a Lula têm
sido negociadas entre a defesa e a Polícia Federal. O advogado do
ex-presidente, Cristiano Zanin, também esteve na PF.
O teólogo afirmou que Lula está entusiasmado e que a
situação de solitária faz com que o ex-presidente leia e reflita muito.
Segundo Boff, o petista disse que quer ser presidente para
radicalizar o processo de dignificação e cidadania dos invisíveis, a grande
maioria do país. "Ele quer voltar ao poder para dar centralidade às
políticas brasileiras para os pobres."
Boff também disse que Lula, ao mesmo tempo, está indignado
frente ao acúmulo de mentiras. "Não quero meu neto olhando para mim e
dizendo 'meu avô é um ladrão'. Nunca fui", o ex-presidente teria afirmado
a ele.
O teólogo disse considerar o petista como alguém que está
aprofundando sua trajetória e se colocando em um nível maior, acima de brigas
jurídicas. Ele comparou o momento de Lula a situações já vivenciadas por
líderes mundiais como Nelson Mandela e Gandhi.
"Se não morri de fome aos cinco anos, aprendi a
resistir e estou aqui resistindo", Lula teria afirmado. O ex-presidente
também teria dito que a vocação de sua vida é lutar, por si mesmo e pelos
outros.
Oficialmente, o PT se recusa a falar em um plano B à
candidatura de Lula, improvável devido à Lei da Ficha Limpa. Nos bastidores, no
entanto, o partido trabalha com os nomes de Fernando Haddad, ex-prefeito de São
Paulo, e Jaques Wagner, ex-governador da Bahia. Com informações da Folhapress.
Por: Notícias ao Minuto.
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