Um total de 1266 infecções foram confirmadas. A maioria absoluta dos casos, tanto de contaminação quanto de óbito, ocorreu na região Sudeste
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Vacinação contra a gripe
Foto: Pedro Ventura/ Agência Brasil
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O número de mortes por infecções de febre amarela teve leve
aumento este mês segundo o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
De acordo com o documento, divulgado pelo governo nesta quinta (12), desde
julho de 2017 o Brasil registrou 415 mortes em decorrência de infecções do
vírus. No boletim anterior, publicado no mês de maio, constavam 409 mortes.
Um total de 1266 infecções foram confirmadas. A maioria
absoluta dos casos, tanto de contaminação quanto de óbito, ocorreu na região
Sudeste. Apenas uma morte foi registrada fora da região, no Distrito Federal.
A explicação para essa nova presença do vírus da febre
amarela no Sudeste, segundo o Ministério da Saúde, seria a baixa memória
imunológica dos habitantes da região. Antes de 2017, o vírus pouco circulava
nessa porção do país e a distribuição de vacinas era focada em áreas endêmicas,
como a região Norte.
Outra ponderação é que esses óbitos não são necessariamente
recentes. O Ministério da Saúde não é informado sobre as mortes no mesmo
instante em que ocorrem. Os dados podem se referir a períodos anteriores.
Imunização
O Governo Federal vem enfrentando grande dificuldade para
imunizar a população. Segundo levantamento da reportagem com base em dados
fornecidos pelo Programa Nacional de Imunizações do SUS, um em cada quatro
municípios do país tem cobertura abaixo do ideal em todas as vacinas
obrigatórias para bebês e crianças, o que eleva o risco de retorno de velhas
doenças e de surtos daquelas nunca eliminadas.
Em 2017, 1.453 das 5.570 cidades brasileiras não atingiram
as metas de cobertura para nenhuma das dez vacinas indicadas para esse grupo.
No final de maio, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, anunciou à reportagem a
necessidade de prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe até meados de
junho.
Naquele momento, a justificativa era de que a paralisação
dos caminhoneiros havia comprometido a distribuição de vacinas e dificultado o
acesso de boa parte da população às unidades de saúde do SUS.
Foi a primeira vez no período em que todas as vacinações
indicadas para crianças menores de um ano ficaram abaixo da meta do Ministério
da Saúde, que é de 95% de imunização do grupo. Trata-se do nível mais baixo de
imunização do país em ao menos 16 anos.
A maioria das vacinas agora têm índices entre 70,7% e 83,9%.
A única exceção é a BCG, contra a tuberculose, ofertada nas maternidades, que
tem 91,4% de imunização.
Sarampo Uma das velhas doenças que ameaçam retornar no
Brasil é o sarampo, de alto potencial contagioso. Nesta quarta (11), a
Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) confirmou o primeiro caso
da doença em dez anos na cidade.
Essa foi a segunda ocorrência do vírus no estado de São
Paulo, todos importados de outras regiões. Outros dois casos da doença também
foram confirmados na segunda (9), na cidade do Rio de Janeiro. Há vários novos
casos sendo registrados em outros locais do país, sobretudo nos estados de
Roraima e Amazonas.
Por: Folha PE.
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