Esta é uma complicação que se não diagnosticada rapidamente pode trazer riscos a vida da gestante e do bebê
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Durante a gestação todo cuidado é pouco, já que existem
algumas doenças perigosas que podem colocar em risco a vida da futura mamãe e
do seu bebê. Uma delas é a Síndrome de Hellp - complicação que, embora também
ocorra isoladamente, é um agravamento do quadro de pré-eclâmpsia.
“A Síndrome tem um
conjunto de indícios que podem ser facilmente confundidos apenas com a
pré-eclâmpsia, devido aos sintomas serem muito parecidos, como aumento da
pressão arterial, inchaço, cefaleia, náuseas e vômitos. Porém, ela possui um
sinal característico que é uma dor perto da boca do estômago e as complicações
podem ser bem mais graves se não for diagnosticada precocemente”, explica a
obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler.
Estima-se que cerca de 8% das mulheres que já têm
pré-eclâmpsia, podem desenvolver a Síndrome de Hellp. As gestantes com
predisposição para desenvolver a doença são as que sofrem de lúpus ou diabetes,
complicações crônicas dos rins e coração. A Síndrome reduz as funções hepáticas
e o número de plaquetas no sangue, além da hemólise, que é a destruição dos
glóbulos vermelhos no organismo.
“Essas alterações colocam em risco a vida da mãe, pois pode
apresentar quadros de hemorragia, de edema agudo do pulmão, falência cardíaca,
insuficiência renal e problemas no fígado. Já o feto pode sofrer complicações
devido ao descolamento da placenta, prematuridade , e insuficiência
respiratória e ainda o possível aparecimento da Deficiência de LCHAD, problema
que pode prejudicar o seu desenvolvimento no futuro”, conta a obstetra.
A doença é diagnosticada por meio de exames clínicos
laboratoriais e algumas alterações indicam a presença da Síndrome, tais como:
alterações das enzimas hepáticas e queda na contagem das plaquetas. "O
tratamento aconselhável dependerá da idade gestacional da mãe. Ele pode ser
realizado com o uso de medicamentos, internação para acompanhamento pelo
obstetra e controle dos sintomas e, em casos mais graves, a interrupção da
gravidez, independente da fase gestacional", explica Maria Elisa.
Atualmente, não se tem conhecimento de nenhum tratamento
especifico que previna a doença, porém o diagnóstico precoce eleva as
probabilidades de que mãe e bebê sobrevivam. “Se a gestante apresentar qualquer
sinal da Síndrome de Hellp, deve-se procurar rapidamente seu médico para que
ele realize o diagnóstico e tome as medidas necessárias para evitar que o caso
evolua para um estado mais crítico", finaliza a especialista.
Por: Notícias ao Minuto.
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