Aleitamento funciona como uma primeira vacina para o bebê, já que protege de doenças potencialmente perigosas.
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Amamentação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A nutricionista Maria Rosa Rodrigues, 32 anos, é mãe do
Leonardo, de 4 anos, e da Beatriz, de 1 ano e 11 meses. Pouco antes do
primogênito completar 30 dias de vida, ela perdeu o pai em um acidente de
trânsito. E, mesmo em meio à tristeza e às dificuldades, decidiu que não
desistiria de amamentar o bebê. “Resolvi focar no meu amor pelo meu filho. E,
naquele momento da amamentação, eu era feliz”, contou. Leonardo mamou até quase
2 anos, quando parou por conta própria, sem ter de passar pelo chamado desmame
forçado. A irmã caçula, Beatriz, segue mamando até hoje, às vésperas do segundo
aniversário.
A história de superação de Maria Rosa se repete em cada uma
das mães que participaram da cerimônia de lançamento da Campanha de Aleitamento
Materno, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A atriz e
madrinha da campanha, Sheron Menezzes, compareceu ao evento acompanhada do
filho Benjamin, de 9 meses. “É importante para mim estar aqui, emprestando a
nossa imagem e conscientizando pessoas”, disse. “Amamento o Ben em qualquer
lugar. Se meu filho tem fome, eu amamento. Não é vergonha não. É saúde para
ele”, reforçou.
O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, descreveu
a amamentação como um dos gestos mais generosos que podem existir, ao se
dirigir às mães reunidas no salão principal da entidade. “Nunca esse auditório
esteve tão lindo como hoje. Elas trazem uma mensagem de vida, de saúde e de
bem-estar”, disse, ao destacar que o aleitamento funciona como uma primeira
vacina para o bebê, já que protege de doenças potencialmente perigosas. Molina
alertou, entretanto, que, nas Américas, pouco mais da metade das crianças é
amamentada nas primeiras horas de vida, enquanto apenas 39% seguem mamando até
os 2 anos.
“Amamentar é doar aquilo que é seu, que é gratuito, que é
amor e que ajuda a salvar vidas”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Durante a cerimônia, ele lembrou que, na próxima semana, mais de 150 países –
incluindo o Brasil – participam da Semana Mundial da Amamentação, promovida
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os desafios no país, Occhi citou
a ampliação de salas para amamentação dentro de empresas, instituições e nos
próprios órgãos de governo.
Por: Folha PE.
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