Tabagismo causa sérios problemas na saúde da população em geral e aos fetos, que são indefesos em relação aos efeitos do tabaco
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Uma pesquisa publicada no periódico inglês Addiction revelou
que, durante a gravidez, 87% das fumantes não abrem mão do cigarro. Esse número
é ainda maior quando incluímos mulheres que até conseguem dar uma pausa na
dependência, mas o retomam em até seis meses após o parto, elevando a
estatística para 94%.
De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista responsável
pela área de reprodução humana da Criogênesis, quando a grávida fuma um
cigarro, em apenas uma tragada, mais de quatro mil componentes tóxicos chegam
até os seus pulmões e são liberados para a corrente sanguínea. “O coração
bombeia o sangue para todo o corpo da mãe, inclusive para o feto. E a placenta,
por sua vez, não consegue impedir a passagem dessas substâncias. Todo esse
processo impede a passagem de alguns nutrientes necessários para o
desenvolvimento do feto e o resultado pode trazer uma série de problemas para a
saúde da mãe e do filho”.
Abaixo, o especialista alerta para os riscos de fumar
durante a gravidez:
Aborto – Por conta dos produtos químicos contidos nos
cigarros, a mulher grávida fumante tem 70% mais chances de ter um aborto
espontâneo.
Malformações – Durante a gestação, mãe e bebê compartilham a
circulação sanguínea, portanto, a criança fica exposta à nicotina, substância
que diminui o calibre das artérias responsáveis por levar nutrientes e oxigênio
ao feto, retardando, assim, seu crescimento e favorecendo malformações
congênitas, como lábio leporino, além de complicações digestivas e
respiratórias.
Nascimento prematuro – Segundo pesquisa do US Centers for
Disease Control and Prevention (CDC), mães que fumam possuem chances altas de
ter partos prematuros seguidos de complicações no organismo que podem resultar
em morte do recém-nascido.
Problemas cardíacos – O cigarro destrói o fluxo de sangue do
coração para os pulmões. Desta forma, os recém-nascidos podem ter defeitos
cardíacos congênitos.
Infecções nas vias aéreas – Após o nascimento, o contato com
a fumaça ou o ambiente de um fumante pode levar a criança a diminuição da
capacidade pulmonar e outras doenças respiratórias, além de elevar o risco de
morte súbita.
“Para as mulheres que têm o sonho da maternidade é
recomendável iniciar uma terapia orientada por um médico, além de mudar o
estilo de vida, adotar hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios
físicos e, acima de tudo, abandonar o vício. Não adianta voltar a fumar logo
depois que o bebê nasce, pois a exposição da criança aos malefícios do cigarro,
principalmente durante o período de amamentação e nos seus primeiros meses de
vida, podem causar danos irreparáveis para a sua saúde no futuro”, finaliza
Renato.
Por: Notícias ao Minuto.
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