De acordo com pesquisa, pessoas com predisposição genética a perceber uma amargura maior do café consomem menos a bebida, e vice-versa
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Um estudo publicado pelo 'Scientific Reports' revela que a
percepção da amargura de algumas substâncias é uma predisposição genética, que
nos leva a gostar mais de uma bebida ou de outra.
A pesquisa foi realizada com a coleta de dados de um levantamento
sobre variantes genéticas dos ancestrais europeus ligadas ao paladar,
acompanhado de um levantamento de dados genéticos, informações sobre saúde e
hábitos diários.
“O estudo acrescenta à nossa compreensão de fatores que
determinam preferências de bebidas, o paladar em especial”, explicou a coautora
da pesquisa, Marilyn Cornelis, da Northwestern University, em Illinois, em
entrevista ao 'The Guardian'.
De acordo com o novo estudo, pessoas com predisposição
genética a perceber uma amargura maior do café consomem menos a bebida, e
vice-versa. Os mesmos padrões foram observados em relação ao chá.
Segundo os cientistas, os participantes com maior percepção
do componente amargo têm menos chances de tornarem-se alcoólatras em comparação
ao grupo oposto.
Os autores da pesquisa acreditam que a descoberta possa ser
um grande avanço na forma como sentimos o sabor dos alimentos e das bebidas.
“Dado que os humanos geralmente evitam sabores mais amargos, interpretamos
esses resultados como um possível padrão de comportamento”, diz Corneslis.
Sobre a preferência pelo chá, Jue Sheng Ong, autora da
pesquisa do Instituto de Pesquisa Médica QIRO Berghofer na Austrália, explica
que a escolha "pode ser vista como uma consequência da abstenção do café,
porque nossos genes podem ter tornado o café um pouco amargo demais para o
paladar”.
Por: Notícias ao Minuto.
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