Governo brasileiro e Opas tratam do tema em reunião nesta sexta
![]() |
Arquivo/Agência Brasil
|
O Ministério da Saúde informou nessa sexta-feira (16), que
fará ainda este mês a seleção para contratar profissionais brasileiros em
substituição aos cubanos que fazem parte do Programa Mais Médicos. A pasta
finaliza nesta sexta-feira a proposta de edital para preencher 8.332 vagas
deixadas pelos cubanos. As medidas são pauta de reunião do governo brasileiro
com representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A expectativa do ministério é que os médicos brasileiros
selecionados nesta nova etapa comecem a trabalhar nos municípios imediatamente
após a seleção, o que deve ocorrer ainda este ano.
Uma coletiva de imprensa foi agendada para o início da
próxima semana para esclarecer detalhes do edital de seleção e da chamada para
inscrições de médicos brasileiros no programa.
O rompimento do acordo com Cuba foi informado na última
quarta-feira (14) pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, após novas exigências
anunciadas pela equipe de transição para a continuidade do Mais Médicos. Entre
as medidas, estão fazer o Revalida – prova que verifica conhecimentos
específicos na área médica, receber integralmente o salário e poder trazer a
família para o Brasil.
Cuba
O Ministério de Saúde Pública de Cuba informou que vai
retirar os profissionais do Programa Mais Médicos no Brasil por divergir de
exigências feitas pelo governo do presidente eleito e também em decorrência de
críticas mencionadas por Bolsonaro.
Preocupação
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM),
Glademir Aroldi, divulgou nota na qual ressalta a preocupação dos prefeitos de
cidades com menos de 20 mil habitantes com a saída dos cerca de 8,3 mil
profissionais cubanos que atuam no Programa Mais Médicos. A entidade alerta que
é preciso substituí-los sob o risco de mais de 28 milhões de pessoas ficarem
desassistidas.
“A presente situação é de extrema preocupação, podendo levar
a estado de calamidade pública, e exige superação em curto prazo”, diz a nota.
“Acreditamos que o governo federal e o de transição encontrarão as condições
adequadas para a manutenção do programa.”
Por: Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário