Decisão foi tomada após reunião com a equipe econômica, na tarde desta quinta-feira (14)
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© Alan Santos/PR - Flickr Palácio do Planalto
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O presidente Jair Bolsonaro decidiu nesta quinta-feira (14)
que a nova reforma previdenciária estabelecerá idades mínimas de 62 anos para
mulheres e 65 anos para homens.
Em reunião com a equipe econômica, ficou estabelecido que
haverá um período de doze anos de transição para se chegar aos pisos para
recebimento da aposentadoria.
A confirmação foi feita pelo secretário especial de
Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Segundo ele, a equipe
econômica defendeu uma única idade mínima para homens e mulheres de 65 anos, o
que foi recusado pelo presidente. As idades foram antecipadas pela Folha de
S.Paulo nesta quinta.
"A equipe econômica defendeu a ele 65 anos iguais para
os dois gêneros e uma transição de dez anos. Essa era a ideia da equipe. E,
após uma negociação com o presidente, o resultado é 65 anos para homens e 62
anos para mulheres. É uma transição de doze anos", disse.
Marinho ponderou que, apesar da decisão anunciada, o texto
do projeto ainda pode sofrer alterações até a quarta-feira (20). Ele será
submetido até o dia do anúncio à área jurídica do Palácio do Planalto.
"Hoje o presidente, dentro das informações que recebeu,
tomou a decisão final. O texto está pronto e já começa a circular dentro das
instâncias internas para ser validado", disse.
Segundo ele, a ideia é que, na quarta-feira (20), Bolsonaro
faça um pronunciamento à nação, explicando os detalhes da proposta. O discurso
deve ser realizado em cadeia nacional de televisão e rádio.
Ele lembrou que, a princípio, o presidente defendeu uma
idade mínima de 60 anos e um período maior de transição, opinião que foi
alterada após negociação com a equipe econômica.
"O presidente tem sensibilidade e entende as condições
da economia. Ele fez a distinção dos gêneros. E nós conseguimos encurtar um
pouco a questão da transição", afirmou.
A expectativa é de que na próxima quarta-feira (20) o
presidente assine o texto e, no mesmo dia, ele seja divulgado publicamente e
enviado à Câmara dos Deputados.
A reforma da Previdência de Bolsonaro é mais dura do que a
versão final do projeto do ex-presidente Michel Temer.
O texto de Temer, após tramitar por comissão especial da Câmara,
já poderia ser votado pelo plenário da Câmara e também prevê a criação de uma
idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres).
Mas essas faixas etárias seriam alcançadas em 20 anos.
Ao encurtar a escalada da idade mínima, o governo tem como
objetivo economizar mais no pagamento de aposentadorias, já que as regras para
se aposentar ficarão mais rígidas em um período mais curto.
Um integrante da equipe econômica confirmou que, pela
proposta de Bolsonaro, os servidores públicos também terão que cumprir as
idades mínimas previstas no projeto.
Atualmente, os servidores podem se aposentar com 60 anos
(homem) e 55 anos (mulheres).
A intenção é enviar o projeto de lei que aumenta o tempo de
serviço mínimo exigido para militares junto com a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) que define as mudanças nas regras de aposentadorias para o serviço
público e iniciativa privada.
Mas, de acordo com um dos participantes da reunião com
Bolsonaro, isso ainda pode ser alvo de discussões, o que poderia adiar a
apresentação do projeto de lei referente aos militares. Com informações da
Folhapress.
Por: Notícias ao Minuto.
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