Sem conseguir controlar a transmissão da doença e com uma baixa cobertura vacinal, o País tem no momento três Estados com surto em curso
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© Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Brasil corre o risco de perder o certificado de
erradicação do sarampo, obtido há três anos. Sem conseguir controlar a
transmissão da doença e com baixa cobertura vacinal, o País tem no momento três
Estados com surto: Amazonas, Roraima e, mais recentemente, o Pará. O ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, admitiu nesta quinta-feira, 14, haver ainda
risco de casos na Bahia, por causa do fluxo de transporte nesse período do ano.
Apesar do número expressivo de registros no País, é ainda
baixo o porcentual da população imunizada. Dados preliminares do ministério
indicam que metade das cidades não atingiu a meta de cobertura vacinal - igual
ou superior a 95%.
No Pará, por exemplo, 83,3% dos municípios não atingiram a
meta. Em Roraima, foram 73,3%; no Amazonas, 50%. "Estamos no
precipício", disse o ministro, ao se referir à cobertura de vacinas em
geral no País. Numa reunião com secretários estaduais e municipais de saúde,
observou que a situação é reflexo de uma sucessão de fatores.
O certificado de erradicação é retirado quando se registra a
transmissão da doença durante um ano. A data-limite é a próxima segunda-feira,
dia 18. A definição do status brasileiro, contudo, será conhecida só dias
depois, com a confirmação da doença. Isso geralmente ocorre em um intervalo de
até dez dias. Dentro do ministério, porém, o desfecho é dado como certo.
O primeiro caso de sarampo entre brasileiros ocorreu no dia
19 de fevereiro de 2018. Antes dessa data, o País já identificava alguns
pacientes doentes - eram imigrantes da Venezuela. Mandetta observou que, se a
cobertura vacinal fosse adequada, os casos seriam isolados. Houve, no entanto,
surto da doença.
Ele ressaltou que a baixa cobertura vacinal não se resume ao
sarampo - e lembrou de difteria e pólio. O ministério planeja uma grande
campanha nacional pela vacinação. A ideia é aproveitar a mobilização contra a
gripe e atualizar cadernetas. A ideia é de que esse anúncio seja feito para
marcar cem dias do governo Jair Bolsonaro. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Por: Notícias ao Minuto.
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