Socialista critica posição do Ministro Paulo Guedes e diz que Governo descumpre palavra, criando mais dificuldade para aprovar Reforma da Previdência
O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) criticou duramente
a decisão do ministro Paulo Guedes em mudar o pacto federativo, acabando com
todas as vinculações constitucionais existentes. A fala do ministro foi
publicada ontem (10), em jornal de grande circulação do País.
Para o deputado, ao colocar em debate as desvinculações do
orçamento nesse momento, o Governo descumpre a palavra, criando mais
dificuldade para a aprovação da Reforma da Previdência. “ O próprio governo
tinha dito que essa proposta seria o plano B. Ora, se não deliberamos sobre a
previdência não há porque discutirmos mexer nas vinculações”, argumentou.
Na pratica, segundo Danilo, o Governo quer retirar recursos
da educação e da saúde, que possuem orçamentos mínimos protegidos pelas
vinculações. “A medida é inoportuna e representa, entre outras ameaças, o
comprometimento do futuro da educação brasileira. A retirada das vinculações,
claramente, tem como único objetivo permitir que os investimentos na área de
educação, por exemplo, possam ser inferiores ao mínimo definido pela Carta
Magna”, disse, lembrando que se com as vinculações não conseguimos nem pagar o
piso dos professores, imagine sem elas”.
Hoje, a Constituição Federal exige que a União invista, em
educação, no mínimo 18% dos impostos arrecadados e os Estados e Municípios,
25%. Já na saúde, a União é responsável por metade de todos os custos do SUS
(Sistema Único de Saúde), os estados têm que aplicar 12% e os municípios 15% de
tudo o que arrecadam, no mínimo.
Para Danilo, o Ministro Paulo Guedes está jogando uma ‘isca
ilusória’ ao dizer que os políticos têm de controlar 100% do orçamento. “Se for para quebrar as amarras do orçamento
brasileiro, façamos então, primeiro, no pagamento dos serviços da dívida, que
consome 45% do orçamento das receitas do País", ressaltou.
O socialista lembra que as áreas sociais no Brasil já estão
sofrendo uma redução progressiva de investimentos desde 2016. Só no Ministério
da Educação, o orçamento foi reduzido em mais de R$ 11 bilhões neste período. “
A retirada de exigências mínimas de investimento aplicado no atual contexto de
crise financeira de estados e municípios tende a estimular a redução ainda
maior de gastos na área”, argumenta Danilo.
Por: Assessoria de Danilo Cabral.
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