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Ariadne Quintella recebe homenagem do Espaço Cultura Nordestina Letras e Artes, da arquiteta Salete do Rego Barros. |
“Escritora admirável, pessoa humana que,
quanto mais me afeiçoo, porque são muitas as suas qualidades, destacando-se a
alma criativa, o dom da amizade, a
vocação da solidariedade e o espírito apassivador'”. Foi assim que a escritora
e poeta Olívia Gondim iniciou o seu discurso na abertura das homenagens à
jornalista e escritora Ariadne Quintella, escolhida pela poeta Bernadete Bruto
como destaque literário do mês de março na programação do centro cultural
mantido pela arquiteta Salete do Rego Barros no bairro recifense do Poço da
Panela.
Destacou
Olívia haver conhecido a homenageada quando começou a frequentar a União
Brasileira de Escritores (UBE) em 2014 e das conversas que mantêm desde então e
da leitura de suas crônicas extraiu o substrato das palavras que a vigora para
montar o mosaico que melhor a define atenta às mutações decorrentes das
“alegrias e desgostos, lutos e resignações o mosaico.
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Olivia Maia Beltrão Gondim |
Filha
do funcionário público Pedro Quintella Cavalcanti, segundo a conferencista, ele
era o porto seguro da homenageada, sendo por ela referido sempre com saudade,
amor e gratidão. E ao descrever a mãe, Cacilda Marinho Quintella, cita seu
dinamismo, capacidade de trabalho, de vencer as adversidades sempre de cabeça
erguida. Porém jamais esquecia de pinçar em seus escritos os barquinhos de
papel que atiravam juntas pela janela, “na enxurrada que passava na frente do
portão nos dias de chuva.
Olívia
chega à mulher adulta homenageada que escreve: “A felicidade partiu de mansinho
com medo de acordar alguém que, naquela hora vivia seu último sonho”. Ainda,
segundo ela, ler os textos de Ariadne é navegar em um mar de palavras
tranquilas e sentimentos profundos, pois, segundo ela, a homenageada tem o dom
da escrita e assim deixa fluir o pensamento em sucessivas ondas até atingir,
sem esforço, o ápice da criação.
LIVROS
DA HOMENAGEADA
Ariadne Quintella. |
O
escritor e jornalista Cássio Cavalcante, também autor e editor, ao engajar-se
às homenagens à sua confreira Ariadne, destaca a participação dela em
antologias de contos, romances, poemas, um deles “Boa Tarde” resultante das
crônicas que escreveu por mais de cinco anos no Diario da Noite, o vespertino
do Jornal do Commercio. Ele cita os tres livros da homenageada “Acertos e
desacertos de Joaquim Nabuco, menção honrosa da Academia Pernambucana de
Letras, “Revisitação da estética barroca na poesia religiosa de Ângelo
Monteiro” e o “Almanaque do Diário Oficial”, este último em parceria com
Albuquerque Pereira. Citou também a homenageada como coautora em diversas
antologias e revistas literárias.
Cássio
assinala ter nascido a homenageada em propriedade privada no bairro de Casa
Amarela, pertencente ao seu avô Manoel Alfredo Marinho do Passo, também
conhecido como Santo Marinho.
O
espaço determinado por Salete do Rego Barro para a homenagem foi todo decorado
por ele com diplomas, troféus e fotos da homenageada.
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