Acordo viabilizou a proposta, que precisa ser votada pelo Congresso
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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Após acordo entre os partidos e o governo federal, a
Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira (11) o projeto de
crédito suplementar que concede ao Executivo autorização para quitar, por meio
de operações de crédito, despesas correntes de R$ 248,9 bilhões. O PLN 4/19
segue para votação, ainda nesta tarde, dos deputados e senadores em sessão do
Congresso Nacional.
Segundo a equipe econômica do governo, a autorização do
Congresso para o crédito extra é fundamental para garantir o pagamento de
subsídios e benefícios assistenciais, sem descumprir a chamada regra de ouro,
que impede o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como
salários.
O relator da proposta na CMO, deputado Hildo Rocha (MDB-MA),
votou pela aprovação. O parlamentar rejeitou duas emendas, mas elevou em R$ 80
milhões o repasse ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf), cancelando o mesmo valor em subvenções.
Acordo
Para viabilizar a votação do parecer na comissão, a líder do
governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), anunciou que, com o
acordo, o governo retomará repasses de R$ 1 bilhão para o Programa Minha Casa,
Minha Vida; de R$ 330 milhões para bolsas de pesquisa científica; e de R$ 550
milhões para obras da transposição do Rio São Francisco.
Outro ponto reivindicado pelos congressistas, e garantido
pelo acordo, segundo Joice Hassalmann, vai assegurar que as universidades e os
institutos federais tenham R$ 1 bilhão liberados e, assim, não correrão risco
de ter as atividades básicas suspensas neste ano.
Apesar da aprovação do parecer de Hildo Rocha, os partidos
de oposição PT e PCdoB apoiaram o voto em separado do senador Angelo Coronel
(PSD-BA), que previa um montante menor, de R$ 146 bilhões, para o pagamento de
despesas do governo federal. Para o senador, a autorização de montante maior
seria um “cheque em branco para o governo”.
Por: Agência Brasil.
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