A madrugada surpreende-me com
As gotas da chuva que
Me outonam em infláveis
Lembranças... pingando-me, em toques
Escorregadios de olhares
Trocados...
Despojada, minha pele se acalenta com o frescor que ainda
resta do orvalho febril de um verão apaixonado, que armazenou-se em mim como
brasa de um vulcão encarnado...
Hoje, na flor da saudade
Que deixastes nas campinas desse sertão...
Sonhando vou, a contemplar tua cantiga
Na copa da aroeira, feito
Andorinhas que quando
Chove se acampam nos ninhos de sol sombrado...
Sinto o cheiro do teu riso
No canto do rouxinol, lá
no buquê amarelo
Dos raios do amanhã
Que floreia-me no crepúsculo
vermelho das areias do meu ser... aí, espraio
Minha saudade em rosas
De borboletas que passeiam nas flores azuis de maio...
oferecendo-se em néctares dos meus versos enfeitiçados pela paixão cravejada
que armazenasses em mim.
Maluma Marques -
Escritora e Jornalista Presidente do Jornal TERRA DA GENTE - Surubim, Pernambuco.
Lindo seu Blog, Maluma!
ResponderExcluirPoema lindo e de muita sensibilidade! Parabéns!!!
Obrigada querida Litteris (Giselda)um bjão.
ExcluirSensibilidade, vocação e talento. A escritora deixa transparecer em seus versos uma saudade incontida mergulhada no âmago do próprio ser. Traduzindo toda emoção que a ajuda sobreviver.
ResponderExcluirObrigada Unknown,decifrou direitinho bjs
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