A medida transitória foi aprovada para reduzir à metade os salários e outras remunerações dos políticos
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Na tarde de ontem (27), parlamentares da Câmara dos
Deputados do Chile aprovaram, por unanimidade, uma medida transitória para
reduzir à metade os salários e outras remunerações dos políticos, pelo período
de 60 dias. Prefeitos, vereadores e membros do Judiciário e do Ministério
Público foram poupados.
Ficou também aprovada a criação de uma comissão autônoma que
definirá os valores dos salários para funcionários do Estado e para cargos de
eleição popular.
O Banco Central atuará como secretaria técnica da comissão,
que deverá ser composta por profissionais do Banco Central, Controladoria Geral
da República, Ministério da Fazenda, e de outros órgãos financeiros da
Administração Pública.
O deputado Gabriel Boric, 33 anos, é um dos políticos que
lançou a iniciativa. Ele afirma que os salários devem ser reduzidos,
primeiramente, para os cargos de representação popular e de confiança do
presidente. Mas reconheceu que isto será uma decisão da Comissão. Boric afirma
que essa redução de 50% deve servir como "piso salarial" para as
remunerações do legislativo.
Senadores chilenos, do governo e da oposição, deram início,
na tarde de ontem (27) a rodadas de diálogo para discutir a onda de violência
que afeta o país.
Eles assinaram um texto em que se comprometem a avançar na
"agenda de segurança" do presidente Piñera, que condena os saques, as
barricadas e as ações violentas e fortalece o governo com ferramentas para
reestabelecer a ordem pública e a segurança do país.
Na noite de ontem, o Senado chileno aprovou a chamada
"lei anti-capuz", que estabelece penas mais severas a manifestantes
que participarem de atos com os rostos cobertos. O projeto voltará à Comissão
de Segurança da Câmara para ser votado.
O projeto reafirma as garantias constitucionais de liberdade
de reunião de pessoas de maneira pacífica, mas aplica sanções mais severas
àqueles que causam distúrbios, crimes e excessos contra a ordem pública
cobrindo o rosto com máscaras e/ou capuz com o propósito de ocultar sua
identidade. O texto ressalta que os "encapuzados" não atuam apenas
para destruir propriedades públicas e privadas, mas também atentam contra a
integridade física dos cidadãos.
Com informações da Agência Brasil
Por: Notícias ao Minuto.
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