"E eu não sei se eu vou vir candidato em 2022", concluiu o presidente, afirmou hoje.
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ao mesmo tempo em que colocou em
dúvida a disposição de tentar a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) afirmou nesta quinta-feira (26) que o Brasil estará em boas mãos se o
ex-juiz Sergio Moro for candidato à sua sucessão, em 2022.
De acordo com o presidente, o atual ministro da Justiça
"é adorado no Brasil" e "tem potencial enorme".
As declarações foram dadas em sua live semanal, ao explicar
por que sancionou a regra que cria a figura do juiz das garantias, em
detrimento da opinião contrária de seu ministro.
Bolsonaro afirmou que, apesar da discordância com Moro, o
ministro tem feito um "trabalho excepcional" e que ele tem consultado
o ex-juiz em questões de seu governo.
O titular do Planalto lembrou que, durante as discussões
sobre a flexibilização da posse de armas no país, também adotou posição
diferente da de Moro.
"Eu já discordei dele. Como já discordei de outros
ministros também. Eu acho que a taxa de concordância com os ministros é em
torno de 95%. Está indo muito bem", disse.
Em seguida, acrescentou: "O Moro tem um potencial
enorme. Ele é adorado no Brasil. Pessoal fala que ele deve encarar como
presidente. Se o Moro vier, que seja feliz, não tem problema, vai estar em boas
mãos o Brasil".
"E eu não sei se eu vou vir candidato em 2022",
concluiu o presidente.
Bolsonaro já chegou a afirmar que uma chapa dele tendo Moro
como vice seria imbatível.
De acordo com o Datafolha, o ex-magistrado, responsável pela
Lava Jato em Curitiba, se consolidou como o ministro mais bem avaliado no
primeiro ano do governo Bolsonaro. Moro goza de apoio popular maior do que o do
próprio presidente -entre os que dizem conhecê-lo, 53% avaliam sua gestão no
ministério como ótima ou boa.
Bolsonaro tem indicadores mais modestos, com 30% de ótimo ou
bom.
Por: Notícias ao Minuto.
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