Atualmente, apenas a seguradora Líder tem autorização para cobrar a taxa do DPVAT, o que vai mudar a partir de 2021, segundo a superintendente da Susep.
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Depois de ser extinto e recriado no espaço de oito dias, o
seguro por danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, o
DPVAT, teve sua reestruturação aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP) e terá o seu monopólio quebrado. Antes disso, irá consumir todo
o excedente do fundo, ao todo R$ 5,8 bilhões.
O valor do DPVAT, cobrado em cota única no ato de pagamento
do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) que irá vigorar
nos próximos quatro anos será de R$ 5,23 para carros, R$ 10,57 para ônibus e
micro-ônibus com frete, R$ 5,78 para caminhões e R$ 12,30 para motos.
As reduções ultrapassam os 68% em relação a 2019 e o
objetivo é zerar os valores excedentes à necessidade de cobertura de acidentes
no ano, estimada em R$ 3,4 bilhões. Se não fosse utilizado o excedente do
fundo, o DPVAT em 2020 seria de R$ 23.
Atualmente, apenas a seguradora Líder tem autorização para
cobrar a taxa do DPVAT, o que vai mudar a partir de 2021, segundo a
superintendente da Susep, Solange Vieira, que até agosto entrega o estudo para
a quebra do monopólio ao CNSP.
Segundo Solange, o excedente do fundo será consumido em três
anos. "A corrupção fez com que o cálculo atuarial do fundo tivesse erros e
por isso subiu o valor", explicou.
Em 2015, uma operação da Polícia Federal intitulada
"Tempo de Despertar" identificou fraudes sistemáticas que elevaram o
fundo, que agora será usado em beneficio do consumidor, que pagará menos pela
tarifa.
Para Vieira, a quebra do monopólio será fundamental para
evitar novas fraudes. "O monopólio, por definição, tende a não ser
eficiente. Agora o consumidor vai poder escolher em qual seguradora vai pagar o
DPVAT", avaliou.
O presidente Jair Bolsonaro extinguiu o DPVAT no dia 11 de
dezembro, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reativou a tarifa
no último dia 19.
Por: Notícias ao Minuto.
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