O laboratório da farmacêutica Inovio, em San Diego, na Califórnia, é um dos locais onde a vacina está sendo desenvolvida
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© Reuters
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Cientistas norte-americanos trabalham para desenvolver a
vacina que poderá barrar o coronavírus que, até o momento, já infectou quase 8
mil pessoas em vários países e matou quase duas centenas de pessoas. Se tudo
correr bem, dentro de poucos meses a vacina poderá começar a ser testada.
O laboratório da farmacêutica Inovio, na cidade de San
Diego, na Califórnia, é neste momento um dos locais onde a vacina está sendo
desenvolvida. Os cientistas da Inovio esperam ter o produto pronto para ser
testado em humanos no início do verão e já lhe deram um nome: “INO-4800”.
O fato de as autoridades chinesas terem sido rápidas ao
divulgar o código genético do vírus ajudou os cientistas a determinar a origem,
as mutações que pode sofrer à medida que o surto se desenvolve e a perceber a
melhor forma de proteger a população mundial do contágio.
“Assim que a China forneceu a sequência do DNA do vírus,
conseguimos colocá-lo na tecnologia dos nossos computadores e desenvolver o
protótipo de uma vacina em apenas três horas”, explicou à BBC Kate Broderick,
vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Inovio.Caso os testes iniciais
sejam bem-sucedidos, serão feitos testes em maior escala, principalmente na
China, o que pode ocorrer até o fim deste ano. Se a cronologia prevista pela
Inovio se confirmar, esta será a vacina desenvolvida e testada mais rapidamente
em um cenário de surto.
Da última vez que um vírus semelhante surgiu, em 2002 – a
Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) -, a China demorou a partilhar
informações com o mundo e, por isso, a epidemia já estava perto do fim quando
uma vacina foi desenvolvida.
A equipe responsável pelo desenvolvimento da vacina utiliza
uma nova tecnologia de DNA e trabalha com uma empresa de biotecnologia de
Pequim.
“As nossas vacinas são inovadoras pois utilizam as
sequências de DNA do vírus para atingir partes específicas do agente
patogênico”, organismo capaz de produzir doenças infecciosas aos seus
hospedeiros, explicou a responsável pela empresa norte-americana.
“Depois, utilizamos as células do próprio paciente como uma
fábrica para a vacina, fortalecendo os mecanismos de resposta naturais do
corpo”.
O trabalho desse e de outros laboratórios é financiado pela
Coligação para Inovações de Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla
original), uma organização não governamental que apoia o desenvolvimento de
vacinas que previnam surtos.
“A nossa missão é garantir que os surtos não sejam uma
ameaça para a humanidade”, explicou Melanie Saville, uma das diretoras da
organização, que foi criada depois do surto de ébola na África Ocidental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das entidades que
participam da procura global por uma vacina que combata o coronavírus, diz que
não existem garantias de que qualquer um dos projetos em desenvolvimento seja
suficientemente seguro e eficaz para que possa vir a ser utilizado.“Os
especialistas vão considerar vários critérios, incluindo a segurança da vacina,
as respostas imunológicas e a disponibilidade dos laboratórios para fabricarem
doses suficientes no tempo necessário”, explicou a OMS.
Com informações da Agência Brasil
Por: Notícias ao Minuto.
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