A empresária Penélope Cavalcanti Guerra é bacharel em
Direito, mas sempre teve preferência pelo mundo da moda, por vestir pessoas.
“Eu adoro vestir as pessoas e tinha um sonho de montar um brechó. Tinha muita
roupa em casa e às vezes doava, mas a gente sabe que as roupas precisam ficar
bem em quem veste”, diz.
O talento foi logo percebido pelo pai de Penélope, o Cirurgião
Dentista Hélio Guerra (In memoriam). A mãe da empresária, a advogada Nelma
Cavalcanti, sempre estimulou a filha a seguir a carreira do Direito e Penélope
sempre teve prazer em fazer os cursos, mas a paixão por “colocar roupas em
pessoas” era maior.
A princípio ela trabalhou com um primo em uma loja de
roupas. Depois seguiu com os planos de montar o próprio negócio e a partir do
desejo de muitas mulheres de se desapegarem das peças de seus guarda-roupas,
ela resolveu montar o Brechó.
Foi aí que surgiu o Red Rose Retrô. O nome significa “Rosa
Vermelha” e “retrô porque são peças vintage de 20 anos mais ou menos”, explica
a empresária. “O nome veio depois do falecimento do meu pai, que foi um homem
romântico que sempre no Dia das Mulheres doava rosas vermelhas para as mulheres
da família”, conta.
Penélope faz questão de frisar que brechó é pra quem tem
classe, personalidade e bom gosto. É a escolha de ser feliz. Aqui você tem que
vestir uma roupa que seja seu estilo”. Ela explica que muita gente tem uma peça
de roupa que não cabe mais em si. “Aquela peça não tem mais que ser sua, agora
ela precisa prolongar a própria história no corpo de outra pessoa. As peças têm
sentimento”, acredita.
Qualquer cliente pode levar a peça pra Red Rose Retrô e
negociar. Se quiser a pessoa pode deixar a peça na loja apenas para alugar,
porque não quer se desligar totalmente. Em outros casos, a pessoa quer vender.
Em ambos os casos o valor da peça é dividido entre o cliente e a loja.
A loja não compra roupas. No entanto, tem todo tipo de
vestuário de excelente qualidade. Tudo passa por uma avaliação. “São roupas de
marca, algumas não são de marca são autorais, mas o modelo diferente, o tecido
diferente. Eu tenho, inclusive, roupas dos EUA, da França, muita coisa que não
se encontra facilmente. Além da parte de vendas, tenho a parte de aluguel de
roupas de festas, 15 anos, fantasias, roupas juninas, bijuteria, sapatos,
óculos”, diz.
Quanto à decoração, Penélope confessa que queria voltar
àquela coisa vintage. “É um brechó, que é diferente do bazar. O brechó é
trabalhar com roupas usadas e o bazar é focado na questão beneficente. As
pessoas têm que entender que as roupas usadas não é roupa velha. A decoração
busquei essa coisa retrô dos anos 1970, fui pesquisar. Eu trouxe a história
aqui pra dentro. Aquela roupa fez parte da minha história e vai fazer parte da
vida de outra pessoa. O que me deixa maravilhada é isso. Se você quiser ela não
morre”, conclui.
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