O comentário de Maia surge em meio a articulações, em Brasília, para que o estado de calamidade pública, inicialmente programado para se encerrar em dezembro deste ano, seja ampliado por mais três meses
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste
domingo (18) que a prorrogação do auxílio emergencial para além de 2020, se
ocorrer, fará o governo federal "pagar a conta com sua popularidade".
O comentário de Maia surge em meio a articulações, em
Brasília, para que o estado de calamidade pública, inicialmente programado para
se encerrar em dezembro deste ano, seja ampliado por mais três meses. Isso
abriria espaço para que os benefícios ligados à Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra sejam também prorrogados por mais
três meses. Maia afirmou que a possibilidade "não existe" e defendeu
a manutenção do teto de gastos - limite para despesas do governo que leva em
conta o orçamento do ano anterior mais a inflação do período.
Ao tratar da possível prorrogação, Maia afirmou que ações
assim fazem com que a conta seja paga pela própria popularidade do presidente
da República. "Qualquer caminho que use atalho, parece bom, você chega
mais rápido, mas o brasileiro paga a conta", citou, acrescentando que isso
se reflete na popularidade do presidente. "Quando aprovamos PEC da Guerra,
contratamos o período para despesas extraordinárias. Isso está dado. A Câmara
não vai votar a prorrogação do estado de calamidade, porque não vê necessidade",
reforçou.
Questionado sobre a possibilidade de o Senado acolher a
ideia de não cumprimento do teto de gastos, Maia afirmou que sua preocupação é
"zero". "Os senadores têm experiência e têm cumprido seu
papel", afirmou. "Sei que os parlamentares não vão aceitar mudanças
no teto de gastos", acrescentou.
Maia afirmou ainda que, "em tese, o teto vai explodir
em 2021". No entanto, segundo ele, "existem despesas que podem ser
alocadas".
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