O Advogado especialista em Direito Público, mestrando em
Direito e ex-assessor parlamentar das JUNTAS, o Dr. Alex Fernando, criticou
duramente a postura das JUNTAS em retardar abertura da CPI do caso da menina
Beatriz, morta com 7 facadas há mais de 6 anos, por mera manobra política.
O advogado, que foi candidato a prefeito de Surubim nas
eleições de 2020, afirmou que a CPI é uma importante e legítima ferramenta de
investigação de crimes, podendo (e devendo) ser utilizada em casos de grande
repercussão, cuja condução dos trabalhos investigativos pela polícia judiciária
(PCPE) não se deu de forma elucidativa, como é o caso da menina Beatriz.
O Dr. Alex Fernando destacou a incoerência do mandato
coletivo em, a frente da presidência da Comissão de Direitos Humanos da ALEPE,
retardar a abertura da CPI se omitindo vergonhosamente em relação às graves
violações de direitos humanos sofrida pela menina Beatriz e por sua família,
especialmente por sua mãe que até hoje clama por justiça, destacando-se ainda
que, a mesma é filiada ao mesmo partido das integrantes das JUNTAS, o PSOL.
Por exemplo, no Rio de Janeiro, elas (as JUNTAS)
corretamente apoiaram a abertura da CPI do caso da vereadora Marielle,
levantaram bandeira e fizeram campanha. Já aqui, falam em “avaliar se abrem
(assinam)ou não a CPI”, numa clara demonstração da lamentável conotação
política dada o caso, tão somente porque deputados bolsoristas estão encampando
a pauta de abertura da CPI, de modo que o retardo das JUNTAS é uma mera manobra
política de disputa de narrativas.
Dr. Alex afirmou ainda que tal episódio é apenas a cereja do
bolo de um MANDATO que tinha tudo para revolucionar o modo de fazer política no
Estado (e no Brasil), mas que não passou de um delírio de esperança que
tivemos, que logo se esvaiu em decepções, traições, ingratidões e tudo que há
de pior na política, camuflada numa interface de “esquerda inclusiva”, que só
incluiu “os já incluídos” e em nome da mera fisiologia de poder, se omite e
retarda a abertura de uma CPI de fundamental importância ao esclarecimento de
um crime que chocou o nosso Estado:
“CPI não se presta para perseguir adversários políticos,
trata-se de um mecanismo genuíno da democracia que deve ser usado em prol
daqueles que tem os seus direitos violados por ações criminosas e por omissões
do Estado, como o caso de Beatriz e sua família, num contexto de um caso complexo e que requer maiores
explicações. A CPI, a princípio, traria luz ao deslinde da verdade processual e
tornaria possível essas explicações”, disse o Dr. Alex.
Em suas palavras, afirmou ainda que uma investigação por uma
CPI, seria uma resposta mínima do legislativo para acalentar a dor da família,
principalmente, dos pais e que a omissão injustificada da Presidência da
Comissão de Direitos Humanos da ALEPE é desumana, num trágico trocadilho.
Ao final, o advogado declarou:
“Todo meu apoio aos deputados que assinaram pela abertura da
CPI. A família de Beatriz, minha solidariedade. Ao Mandato que lamentavelmente
ainda preside a Comissão de Direitos Humanos da ALEPE e retarda de modo
injustificado em abrir a CPI, meus sinceros votos que a cadeira seja
futuramente ocupada por pessoais sensíveis a dor alheia e atentas à função
fundamental que uma CPI possui com vistas a apurar violação de direitos
humanos, principalmente contra crianças pernambucanas”.
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