Campeão mundial, campeão panamericano, campeão nacional.
Esses são os maiores títulos que um atleta pode almejar, e Rodrigo Welter
conseguiu no bicicross. Foram conquistas marcantes e que são referência até
hoje, quando o atleta já soma mais de três décadas de sua primeira competição.
Tudo começou aos cinco anos de idade, quando entrou no BMX
incentivado pelos irmãos e pelo pai. O pai, Marcos Welter, já tinha
envolvimento com o ciclismo. A partir dos seis anos, o brusquense começou a
competir. Os irmãos Rodrigo, Marlon e Maicon já receberam 440 troféus e 230
medalhas em competições de bicicross.
Em todas essas conquistas, a figura de Marcos Welter foi
fundamental. Além de pai, ele atuou como uma espécie de treinador e cuidou de
providenciar uma alimentação específica para atleta.
“A conquista do título mundial veio após uma série de
aprendizados na vida de atleta, mesmo sendo muito novo na época. Ela veio após
uma série de sequências. Eu fui para o primeiro campeonato mundial aos 7 anos,
tive uma lição, depois fui aos 8 anos, aos 9 anos eu me fortaleci muito
psicologicamente, além do corpo”, lembra Rodrigo.
Recentemente Rodrigo Welter foi homenageado com a comenda de mérito esportivo na Câmara de Vereadores de Brusque-SC. A entrega ocorreu na sessão ordinária da casa legislativa.
Título mundial
Até conquistar o título de campeão mundial, Rodrigo passou
por diversas fases classificatórias. No campeonato brasileiro, ele passou por
nove etapas e precisou contabilizar o número de pontos necessários para avançar
na competição e se qualificar para o mundial.
A chance de disputar um Mundial, que aconteceu em Salvador, foi no ano de 1992. Ao todo, foram mais de 230 pilotos na categoria de bicicross. Foram realizadas baterias, até que Rodrigo chegou à final. A conquista chegou após muito esforço físico e mental. “Próximo do final da pista, eu já estava em primeiro lugar e notei a arquibancada gritando “Brasil, Brasil!”. Aí que acreditei que estava conquistando o Mundial. A minha primeira reação foi sair correndo até a arquibancada e abraçar meu pai”. Junto do Mundial de 1992, o atleta teve uma prova de Campeonato Brasileiro, que aconteceu no interior paulista na memória. “Eu tinha certa facilidade em retas com obstáculos. E eu precisava ficar em 3º para ser o campeão brasileiro. Larguei mal, mas consegui fazer uma prova de recuperação. Na última reta, que tinha esses obstáculos, levantei a dianteira da bicicleta e ultrapassei um por um, vencendo a prova. Foi uma emoção totalmente diferente das outras que eu tinha sentido”, conta.
Legado
A sala Rodrigo Welter acumula muitos troféus. É lá que dá
para se ter noção do que ele representou para o esporte brusquense. E olhe que
o atleta guarda apenas os mais importantes, seja pelo resultado ou pelo
significado que tem para sua carreira. Campeonatos estaduais, brasileiros,
sul-americanos e mundiais. Não existe troféu algum que Welter não tenha
conquistado.
Atualmente Rodrigo pratica o mountain bike e o surf, dois hobbies que ele concilia com o trabalho. “Foi uma carreira muito feliz. O esporte de competição é sim um grande professor para vida, pois te proporciona maturidade e ensina, principalmente, a lidar com as frustrações da perda e depois treinar para conseguir uma nova vitória. O esporte marcou a minha vida e a nossa família. Agradeço a todos que participaram e a Deus”, finaliza.
Títulos do brusquense
Campeão estadual: 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995,
1996, 1997 e 1998;
Campeão brasileiro: 1990, 1991, 1992, 1993, 1994 e 1995;
Vice-campeão mundial: 1990, na Espanha;
Campeão panamericano: 1991, em Campo Bom (RS);
Campeão mundial: 1992, na Bahia;
Campeão dos campeões: 1993, em Santo Antônio do Sudoeste
(PR);
Campeão internacional americano: 1995, em La Paz, na
Bolívia;
Campeão sul americano: 1995, em São Leopoldo (RS);
Campeão Sycamore BMX: 1996, na Califórnia, nos Estados
Unidos.
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