Pernambuco enfrenta um novo desafio em saúde pública com a
expansão da febre oropouche, uma arbovirose transmitida pelo maruim (Culicoides
paraensis). A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou que o estado já
registra 118 casos da doença, com 29 novos diagnósticos nos municípios de
Itaquitinga, Macaparana, Sirinhaém, Bonito e Garanhuns.
O destaque desta nova atualização é a inclusão de Bonito e
Garanhuns, localizados no Agreste pernambucano, região que até então não havia
reportado nenhum caso da febre oropouche. Com esses novos registros, a Fiocruz
reforça o alerta para a expansão da doença em áreas anteriormente não afetadas.
A febre oropouche tem sintomas similares aos de outras
arboviroses, como febre alta, dores musculares, cefaleia e fadiga. Em alguns
casos, pode evoluir para quadros mais graves, com manifestações neurológicas, o
que exige atenção e cuidados médicos imediatos.
De acordo com especialistas da Fiocruz, o aumento no número
de casos no Agreste reflete a necessidade urgente de ações de controle e
prevenção. “Estamos vendo a expansão de um ciclo de transmissão que pode
atingir áreas urbanas e rurais de maneira rápida, especialmente em regiões onde
o maruim encontra condições favoráveis para reprodução”, destaca a fundação em
nota técnica.
A Fiocruz está intensificando as pesquisas para entender
melhor o comportamento do vírus oropouche e as características do vetor, com o
objetivo de desenvolver estratégias eficazes de combate. Além disso, a
instituição ressalta a importância da vigilância epidemiológica e da educação
em saúde, para que a população esteja ciente dos riscos e saiba como se
proteger.
Com a chegada da doença ao Agreste, as autoridades de saúde
de Pernambuco estão em alerta máximo. A Secretaria Estadual de Saúde, em
parceria com a Fiocruz, está implementando medidas emergenciais de controle,
incluindo a intensificação das campanhas de conscientização sobre os cuidados
com o ambiente, a fim de reduzir a proliferação do maruim.
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