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Marcos Eugênio Welter exibe com orgulho seu troféu, um belo dourado de 57 cm, o verdadeiro rei dos rios! Uma captura digna de aplausos! |
Felizes ficamos mensalmente ao receber o aviso da reunião na chácara do Beto Staack, o acesso para o local da confraternização é muito aprazível no trajeto de 1,5 km estamos rodeados de flores e árvores e quando lá chegamos ficamos encantados com a magia do local. Abraços, saudações calorosas, petiscos, as saudáveis e deliciosas cachaças Oppa Staack, a reunião com todos os itens já selecionados é dirigida com muita presteza pelo solícito e competente Ferraz.
Neste dia 4 de setembro de 2024 a empolgação é ainda maior pois queremos homenagear os cinco bravos precursores. Marcos Welter pediu que ficassem de pé os que há 30 anos tiveram a feliz ideia de irem pescar e ficaram tão maravilhados com as obras do Criador que decidiram partilhar com outros amigos que são imensamente gratos por terem sido convidados para participar de tão seleto grupo.
Os cinco pioneiros Srs. Ingo Fischer, Maciel, Aldo Gonçalves, Ferraz e Axel sendo este representado pelo filho Alef receberam cada um das mãos do Ademir um quadro com os dizeres de gratidão sendo que o Ferraz também foi presenteado com uma vara com uma carretilha, conjunto esse que usou nos 4 dias de pesca.
Após a reunião, delicioso jantar, alguns ficaram confabulando enquanto outros jogavam cacheta ou dominó.
Como demorou para chegar o tão esperado dia 7 de setembro quando alguns viajaram de camionete, alguns de avião e os demais saíram às 22 horas no mais moderno ônibus da Massaneiro Turismo , com camas leito, deixando a Aradefe rumo a Umuarama onde o Homero e o Bruno foram ao nosso encontro para nos conduzir até o Rancho do Cavalo onde um conjunto de músicos alegrava ainda mais o aprazível local .Foi servido delicioso almoço após o que seguimos até Maracajá onde dormimos das 23 até as cinco da manhã seguindo para Corumbá. Almoçamos embarcamos no luxuoso barco hotel Kayamâ todos receberam as boas-vindas da Joice e do Geraldinho, sendo que a estes foi entregue pelo Marcos um livro no qual está narrada a pescaria feita por este grupo em 2022. Cada dupla ficou instalada num confortável camarote com duas camas, ar-condicionado, frigobar, banheiro, varanda e seguimos rio acima 180 km.
O dia não tinha amanhecido e todos já na sala do café, e que café, com sucos, frutas, doces e salgados. Aqueles que não pretendiam voltar para o almoço no barco levavam uma marmita na lancha. Como é bom ver a felicidade estampada na face os amigos, alguns até irmãos outros pai e filho, mas a bênção maior foi do Dr. Edemar acompanhado de seu irmão Clóvis e também de seus filhos Ricardo e Luciano. Nosso piloteiro, o Cachara colocou na “voadeira” uma caixa com cervejas, águas e refrigerantes e nos conduziu aos lugares onde ele tinha certeza de que iríamos nos dar bem.
Que felicidade ver meu companheiro o Sr. Pedro Lira, do alto dos seus 79 anos, qual um jovem garoto, vibrando ao pegar um jaú de 1,11metro, parecia um guri de tão faceiro e isto nos dá a certeza de que aquele provérbio assírio do ano 2.000 a.C. que diz: “Deus não desconta de nossas vidas os dias que passamos pescando”, deve ser verdadeiro.
Amanheceu a quinta feira quando fomos avisados que o almoço seria churrasco no barranco, onde foi feito a foto com todas as duplas, para registrar esse momento dos 30 anos. Que lugar mais agradável, na frente o rio com águas transparentes onde se viam inúmeros peixes, na sombra os amigos tomando uma enquanto a equipe do barco preparava uma carne que tinha um sabor inigualável e ao redor dezenas, centenas de pássaros, a nos saudares e nos fundos, outro riacho límpido com muitos peixes. Sentimos que quando estamos neste paraíso feito por Deus que é o Grande Arquiteto do Universo que a nosso favor tudo arquiteta, nossa alma namora com a natureza. Somos imensamente felizes. O Homero bradava feliz, em alta voz que temos um novo campeão, com 1,25 um jaú e todos queriam saber o autor da façanha ao que ele estufava o peito e dizia que era o filho Bruno. O Ingo foi alvo de elogios por sua agilidade e dinamismo.
O Sandro Oliari foi o primeiro a ver uma onça, então o Feu viu o casal de onças filmou e fotografou. Noutro lugar o Sandro Noveletto pescando como todos dentro da lancha viu um banco de areia e pediu para o piloteiro encostar, botou uma cadeira de praia, estava tranquilamente naquela areia quando ouviu atrás dele um urro; uuáááuu, era o rugido muito forte que despertou seu instinto de sobrevivência, e o Sandro abandonou tudo e saiu desesperado correndo em direção à primeira lancha que viu. Seu calçado croc ficou atolado na areia movediça, quando alguém gritou: cuidado com a areia movediça, mas ele pensou eu quero é escapar da onça.
Quer ver a empolgação do Rogério durante a batalha que travou com um jaú de 1,32m. Era só alegria, parece que queria explodir de felicidade. Após as filmagens e fotos devolvendo o monstro ao rio acendeu um baita charuto, dava aquelas baforadas prazeirosas e partilhava com o seu companheiro Vilson e também com o piloteiro, um gesto de fraternidade.
Fui na cabine de comando do iate onde o comandante Jacaré que há 35 anos começou como piloteiro e hoje comanda este enorme barco impulsionado por dois potentes motores Mercedes-Benz para levar pescadores, tendo o tanque de combustível capacidade para 20 mil litros de diesel, outro tanque com 12 mil litros para a gasolina das lanchas e também um com10 mil litros para o tratamento de dejetos. Eu vi que o calado desta embarcação é de 2 metros e várias vezes no sonar percebi que estava tão raso, só 2,30 metros, quase batendo no chão, então comentei com o comandante que informou que o rio estava muito baixo, quase comprometendo a navegação.
Infelizmente preciso registrar que neste ano estamos vendo as maiores queimadas em todos os tempos no pantanal, muitas provocadas por extremistas conforme declaração de ribeirinhos, o pantanal, que junto com a floresta amazônica formam o pulmão do mundo ardem em chamas. Sua majestade o astro rei em pleno meio-dia parece uma pálida bola alaranjada com raiva de como o homo sapiens – homo sapiens? trata seu planeta que é sua própria casa. Lusco fusco é aquela horam em que o sol já se foi e a gente enxerga só uma penumbra. Assim é aqui todos os dias com os olhos irritados pela fumaça. Sexta-feira após o jantar cujo variado bufet que sempre tinha agradáveis e deliciosas surpresas como carne de jacaré, espetinho de banana e peixe, foi feita a entrega dos troféus aos vencedores: Maior dourado – Antônio – 61 cm; Maior tucunaré – Índio 53 cm; Maior peixe – Rogério- Jaú 132 cm; Bruno – Jaú 125 cm; Pedro Lira – jaú 111 cm; Maior pintado – Jasiel 93 cm.
Felizes, reenergizados, com muita vontade de abraçar os familiares e dar novo ânimo nos empreendimentos, retornamos aos nossos lares.
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Rogério enfrentou as profundezas e emerge triunfante com um colossal Jaú! Cada captura é uma nova aventura, e este gigante é um testemunho da paixão pela pesca! |
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Índio vive a adrenalina das águas ao fisgar um Tucunaré de 53 cm espetacular! Uma verdadeira vitória que transforma cada instante de espera em pura emoção! |
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Pedro encarou as profundezas e triunfa com um impressionante Jaú de 111 cm! Um gigante das águas que transforma cada segundo de espera em pura emoção! |
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Depois de uma luta intensa, Antônio celebra a vitória com um magnífico Dourado de 61 cm! O rei das águas agora é o troféu desta aventura inesquecível! |
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Jasiel desafiou as correntezas e saiu vitorioso com este majestoso Pintado de 93 cm nas mãos! Uma captura que faz o coração bater mais forte! |
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Após uma batalha épica, Bruno com seu pai Homero venceram as águas e trouxeram à tona este gigantesco Jaú de 125 cm! Uma conquista que vai ficar na memória para sempre! |
Marcos Eugênio Welter - Vice-Presidente Nacional da Academia de Letras do Brasil,
Membro do Conselho Superior Internacional da
Academia de Letras do Brasil.
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