A Barragem de Jucazinho, localizada entre os municípios de
Surubim e Cumaru, está operando em situação de pré-colapso hídrico. Segundo
dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), atualizados em 16
de abril de 2025, o reservatório encontra-se com apenas 3,57% da sua capacidade
total.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) já
classifica a situação como crítica. A barragem é responsável pelo abastecimento
de dezenas de municípios do Agreste, e sua baixa capacidade tem impacto direto
na oferta de água para a população. Obras emergenciais de recuperação e
contenção foram iniciadas, mas os técnicos alertam que, sem chuvas consistentes
nas áreas de recarga, o cenário tende a piorar.
Uma das esperanças para minimizar os efeitos da crise
hídrica é a entrada em operação de trechos da Adutora do Agreste, prevista
ainda para 2025. A nova estrutura deverá fornecer água da Transposição do Rio
São Francisco, ampliando a vazão de abastecimento para localidades como
Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, e possivelmente Surubim,
desafogando a dependência histórica da Barragem de Jucazinho.
Enquanto isso, a população vive a tensão de um racionamento
iminente, e as autoridades reforçam a necessidade de uso consciente da água.
O drama vivido por Jucazinho acende um alerta maior: o de
que mudanças climáticas, crescimento populacional e uso desordenado da água
exigem planejamento, investimentos contínuos e educação ambiental para garantir
a segurança hídrica do Agreste.
Por: Maluma Marques.
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