A Escola João Hassmann promoveu uma bela homenagem aos talentos literários que despontam entre seus alunos. Em um projeto voltado à valorização da escrita criativa e da expressão artística, três estudantes se destacaram com seus poemas sensíveis e inspiradores.
Antonella, João Vitor e Ana Clara foram reconhecidos com a premiação de “Melhores Poemas”, após encantarem a equipe pedagógica com suas palavras cheias de emoção, criatividade e autenticidade.
A escola, que valoriza o desenvolvimento integral dos alunos, reforçou a importância de estimular a arte desde cedo, reconhecendo nos poemas um reflexo das vivências, sentimentos e percepções dos jovens autores.
Abaixo, você confere os poemas que emocionaram a todos e marcaram essa bela iniciativa.
ESCRAVOS
Racismo é um problema,
Que temos que tratar.
Preto, branco, amarelo,
Todos temos que nos respeitar!
Esse preconceito não pode existir.
Isso é um problema
Que temos por aqui...
Há um tempo,
Existia a “escravidão”,
Pretos apanhando, suando
Limpando o chão.
Usados como cargas,
Dentro de navios
Transportados como “compras”,
Por todo o Brasil”
No canto do casarão,
Crianças negras chorando,
Pois seus pais
Não poderão lhe dar atenção,
Pois trabalhando eles estão.
Ninguém é melhor que ninguém
Todos somos diferentes.
Com respeito e humildade,
Todos vamos seguir em frente!
Todos temos que nos respeitar
Nos cuidar, ajudar
Para o planeta melhorar.
Autora: Antonella Lima Amaral.
O GATO MAL HUMORADO E O CACHORRO ALEGRE
No quintal da vida, um cão a brincar,
Com o rabo a balançar, não para de latir.
Alegre e contente, sempre a saltar,
É o sol pela manhã, é a brisa a sorrir.
Mas ali no canto, um gato resmungão,
Com seu olhar sério, postura de rei,
Sombra e mistério, pura reflexão.
Ele observa tudo sem dar um “Oi”
O cachorro corre, a bola a perseguir,
Pula, rola e late, a alegria é sem fim.
O gato por sua vez, apenas a existir,
Murmura um desdém, “que besteira, enfim”.
Mas ao cair da tarde, quando o sol se despede,
O cão se aproxima, intrigado com um leve enredo,
Sorrindo por dentro, descobre um abrigo.
Entre risadas e miados, uma amizade se faz.
O alegre e o mal-humorado, juntos na paz.
E assim vai a vida, em cores e tons,
Um cão e um gato, em suas canções.
Autor: João Vitor de Oliveira Leite Pinheiro.
TEUS “CARINHOS”
Por que choras, ó mulher?
Por que o olho tão inchado?
Tuas lágrimas são de dor,
De um amor que está acabado.
Os teus olhos não viam
Que ele era um desgraçado.
Se, naquela bela noite,
Eu não tivesse dado a chance,
Hoje eu não estaria aqui,
Vivendo esse falso romance,
Viver toda essa dor no meu peito
Até que um dia eu me canse.
No silêncio da noite,
Ecoam seus lamentos,
Da Vítima dessa Violência
Que sofre seus tormentos,
Sem buscar ajuda,
Vivendo terríveis momentos.
Ah, se eu soubesse,
Não iria aquele noivado!
Hoje só quero justiça
E ficar longe do mal-amado,
Quero viver tranquila
Sem ele ao meu lado.
Agora, em cada passo que dou,
Sinto o peso da dor no meu ser.
Fui enganada, e meu peito clama
Por um amor que saiba me entender.
Feridas viram cicatrizes,
Mas, infelizmente, sempre vão doer.
Mas já vejo a luz após toda essa dor,
O caminho que, antes escuro, clareou.
Aprendi a ser forte, mas continuo com rancor,
Algumas lembranças, o tempo apagou.
Não há mais lugar para o medo,
Pois a paz, em mim, reinou.
Autora: Ana Clara Ferreira de Souza Amaral
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