Um dos nomes mais respeitados da saúde mental no Estado, o médico alia mais de 40 anos de experiência clínica a uma atuação humanizada, sempre atualizado com os avanços da medicina.
Com um olhar atento às necessidades de seus pacientes e uma carreira construída com ética e compromisso, o Dr. Fernando Antônio S. Filizola é hoje referência quando se fala em Psiquiatria em Pernambuco. Reconhecido como um profissional atencioso, cuidadoso e atualizado, ele vem transformando vidas ao longo de mais de quatro décadas de atuação na medicina.
Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, em 1980, o Dr. Filizola descobriu cedo sua vocação para a Psiquiatria. Ao longo da trajetória, buscou ampliar sua formação com pós-graduações em Administração Hospitalar e Medicina do Trabalho, que lhe proporcionaram uma visão global sobre o cuidado em saúde.
Com participação ativa em congressos e encontros científicos, o Dr. Filizola tem se destacado pela busca contínua de atualização, especialmente em áreas como neuropsiquiatria geriátrica e Alzheimer. Sua dedicação em acompanhar os avanços da ciência garante que seus pacientes recebam tratamentos modernos e eficazes, sempre associados a uma escuta cuidadosa e personalizada.
Além da sólida experiência clínica, o que mais chama atenção é a forma como o Dr. Filizola conduz o atendimento. Para ele, o cuidado vai muito além da prescrição de medicamentos: é preciso ouvir, compreender e oferecer suporte integral.
Seu trabalho é reconhecido principalmente no tratamento da depressão, transtorno cada vez mais comum na sociedade atual e que exige atenção qualificada. Segundo pacientes, o psiquiatra transmite confiança e serenidade, ajudando a quebrar tabus e a reduzir o preconceito em torno da saúde mental.
Atuando em parceria com outros profissionais da saúde, como nutricionistas e psicólogos, ele adota uma visão interdisciplinar que favorece melhores resultados clínicos e promove uma recuperação mais completa dos pacientes.
Além de seu trabalho em consultório, o Dr. Fernando Filizola também atuou como médico do Estado de Pernambuco, contribuindo com sua expertise para o fortalecimento da saúde pública. Esse compromisso reforça sua postura de médico dedicado não apenas ao indivíduo, mas também à comunidade.
Ao longo de sua carreira, o Dr. Fernando Filizola tem sido descrito por quem já passou por seu consultório como um médico amigo, próximo e altamente profissional. Sua prática une a ciência médica à sensibilidade humana, qualidades indispensáveis quando se trata da saúde mental.
Mais do que um especialista em Psiquiatria, ele é um defensor da qualidade de vida, do combate ao preconceito e da importância de buscar ajuda profissional diante de qualquer sofrimento emocional.
ENTREVISTA
BLOG MALUMA MARQUES – Como surgiu sua decisão de se tornar psiquiatra e o que o motiva a trabalhar nessa área?
DR. FERNANDO FILIZOLA – Desde muito cedo eu dizia que queria ser médico, embora não saiba explicar exatamente de onde veio essa vontade. Fiz duas graduações: Biomedicina e Medicina. Trabalhando como biomédico em um laboratório que atendia hospitais psiquiátricos, passei a me interessar pela Psiquiatria, especialmente pela possibilidade de ajudar pacientes a enfrentarem preconceitos e transformarem suas vidas.
Ainda no terceiro ano de Medicina, tive contato direto com hospitais psiquiátricos e percebi como o tratamento podia realmente mudar a vida dos pacientes. Muitas vezes, a sociedade interpreta os transtornos como algo “inventado” pela pessoa, mas a realidade é que, na maioria dos casos, existem alterações orgânicas, como desequilíbrios de neurotransmissores, que precisam de tratamento adequado. Além disso, a parte emocional é essencial: o desejo de melhorar e reconhecer o quanto o transtorno atrapalha a vida é um passo fundamental no processo de recuperação.
BMM - Em quais áreas da Psiquiatria o senhor se especializou e com quais transtornos possui mais experiência?
DR. FERNANDO FILIZOLA – Um dos principais focos é diferenciar tristeza de depressão. A tristeza faz parte da vida, especialmente em situações de perda e luto, mas quando ela passa a comprometer a rotina, gera choros frequentes e impede a pessoa de cumprir suas obrigações, é sinal de que pode ter evoluído para um quadro depressivo e precisa de avaliação médica.
Da mesma forma, todos nós sentimos ansiedade, mas quando ela se torna intensa a ponto de prejudicar a vida da pessoa, estamos diante de uma ansiedade patológica, que exige tratamento. Saber distinguir entre essas condições é essencial para que o paciente receba o cuidado adequado.
BMM - Por que os medicamentos psiquiátricos são controlados?
DR. FERNANDO FILIZOLA – Quase todos os medicamentos psiquiátricos são de uso controlado porque exigem prescrição médica criteriosa. O uso incorreto pode levar à dependência química e psicológica, especialmente no caso dos ansiolíticos, como Rivotril, Alprazolam e Lexotan. Já os antidepressivos, em sua maioria, não causam dependência, mas também precisam ser utilizados com acompanhamento profissional.
É importante lembrar que o tratamento ideal geralmente combina medicação com psicoterapia. Enquanto os medicamentos atuam na parte orgânica – como os neurotransmissores – a psicoterapia ajuda a lidar com os conflitos emocionais e a desenvolver respostas mais saudáveis para cada situação. Juntos, formam um tratamento complementar muito eficaz.
BMM - Quais tipos de transtornos chegam com mais frequência ao seu consultório?
DR. FERNANDO FILIZOLA – Hoje, muitos adolescentes são altamente vulneráveis a transtornos emocionais. Fatores como dificuldades no relacionamento familiar, excesso de exposição às redes sociais e influências negativas do convívio social contribuem bastante para isso.
Infelizmente, os índices de suicídio em adolescentes vêm crescendo e superam os de adultos, o que reforça a importância de identificar e tratar precocemente os distúrbios, muitas vezes com acompanhamento psicológico aliado ao tratamento médico. Além disso, o estresse da vida moderna é outro fator que favorece o surgimento de transtornos psiquiátricos em pessoas de todas as idades.
BMM -Qual é a diferença entre depressão e transtorno bipolar?
DR. FERNANDO FILIZOLA – O transtorno bipolar é marcado pela alternância entre fases depressivas e fases de euforia. Na euforia, o paciente sente uma elevação exagerada do humor, acredita que pode fazer tudo e perde a noção dos limites. Já nas fases depressivas, os sintomas costumam ser mais graves do que os de uma depressão comum.
Além disso, é importante destacar outros transtornos, como o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e o transtorno do espectro autista (TEA). Hoje, esses diagnósticos são feitos com mais cuidado, pois antes muitos casos passavam despercebidos. Porém, também é preciso cautela: nem toda criança agitada ou desatenta tem TDAH, por exemplo.
BMM -Muitas vezes, qualquer dificuldade de concentração já é rotulada como déficit de atenção. Como diferenciar os casos reais?
DR. FERNANDO FILIZOLA – O principal critério é avaliar se os sintomas atrapalham de forma significativa o dia a dia da pessoa. Se sim, há indícios de TDAH ou outro transtorno. Caso contrário, pode ser apenas uma característica individual.
Na primeira consulta psiquiátrica, buscamos oferecer clareza e tranquilidade ao paciente, explicando a situação e traçando uma conduta. Muitas vezes, apenas a conversa inicial já traz alívio, antes mesmo da introdução de medicamentos. Quando necessário, encaminhamos para acompanhamento psicológico, sempre priorizando que o tratamento seja conduzido por profissionais que não tenham vínculo direto com a vida pessoal do paciente, para evitar conflitos.
Manter a saúde mental depende de equilíbrio diante dos estímulos do dia a dia, sejam eles positivos ou negativos. O papel do psiquiatra é orientar o paciente nesse caminho e garantir adesão ao tratamento, pois sem ela é impossível alcançar bons resultados.
BMM - Que mensagem o senhor deixa para quem está passando por um momento difícil, mas ainda tem medo ou vergonha de buscar ajuda?
DR. FERNANDO FILIZOLA – A principal mensagem é: não tenha vergonha e não adie o tratamento. Quanto mais cedo a pessoa procura ajuda, maiores são as chances de recuperação. Assim como procuramos um médico diante de uma dor ou febre, devemos procurar o psiquiatra quando enfrentamos sofrimento emocional.
Muitos pacientes não precisam de medicação imediata e conseguem se recuperar muito bem apenas com psicoterapia. Outros, porém, necessitam do apoio medicamentoso desde o início para sair de crises mais graves. Em todos os casos, quanto antes o tratamento é iniciado, melhor o prognóstico.
Devemos combater o preconceito contra a saúde mental. Procurar ajuda é um ato de coragem e cuidado com a própria qualidade de vida, especialmente em um mundo tão estressante e repleto de desafios. O mais importante é buscar um profissional capacitado, de confiança, e dar o primeiro passo em direção ao equilíbrio e bem-estar.
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