O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), esteve
neste domingo em um evento de comemoração dos 174 anos de Tietê, sua cidade
natal, no interior de São Paulo. Temer discursou e presenciou a inauguração da
Galeria Michel Temer, na Escola Estadual Plínio Rodrigues de Moraes, onde
estudou até os 16 anos mas não respondeu a perguntas de jornalistas.
Temer usou a maior parte de seu discurso para celebrar o
aniversário da cidade e apenas por alguns minutos tratou de política. Segundo o
vice-presidente, neste momento de crise o PMBD tem rodado o País na Caravana da
Unidade e pode perceber que os brasileiros sentem necessidade de ver a presença
do Estado.
"A Constituição garante a independência e autonomia dos
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário", disse Temer, destacando,
porém, que o poder de governar tem de ser unitário. "Com desarmonia entre
os três poderes, há uma grave desobediência à Constituição", declarou. O
vice-presidente afirmou que existe consciência da necessidade de união entre os
três poderes, mas comentou que "às vezes é preciso pregar o óbvio".
Temer também mencionou a necessidade de participação da
iniciativa privada no processo para acabar com a crise política. "É
preciso união da iniciativa privada, do capital com o trabalho, do empregador
com os empregados", disse. "Vamos sair da crise unidos - poder
Executivo, Legislativo, Judiciário e iniciativa privada."
Durante o evento, o prefeito de Tietê, Manoel David Korn de
Carvalho (PSD), tratou Michel Temer como "nosso presidente" e teceu
elogios ao vice-presidente. "Temer é um exemplo de temperança e é disso
que o Brasil precisa", disse.
O vice-presidente não respondeu a perguntas dos jornalistas
sobre os acontecimentos mais recentes envolvendo as investigações da Operação
Lava Jato, que na sexta-feira usou condução coercitiva para levar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prestar depoimento.
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