Colégio Marista |
Tudo começou quando Marcelino
Champagnat idealizou uma congregação baseada em Maria, mulher, mãe e educadora,
pois ela é o caminho que nos conduz a Jesus de Nazaré.
Depois
de muitos colégios Maristas criados em todo mundo, no ano de 1960, é fundado
através de muitos esforços da comunidade surubinense, o colégio Marista Pio XII
no dia 17 de abril. Fincaram-se raízes Mariais, de uma congregação voltada para
fé, família e solidariedade, onde se apoiam em quatro pilares fundamentais:
Espírito de família, autenticidade, simplicidade e espírito de trabalho.
Dentre
os principais fundadores encontram-se monsenhor Luís Ferreira Lima e o Ir.
Bernardo Aguiar, que foi o primeiro diretor. No início, o colégio funcionou com
Ir. Arlindo, Ir. Vianês e Ir. Bernardo, oferecendo cursos Científico e
Clássico, chegando também a funcionar com turnos integrais.
O
Colégio Marista Pio XII é um centro de aprendizagem de vida e evangelização, que
tem como missão: Tornar Jesus Cristo conhecido e amado, anunciando o evangelho
e os valores do Reino de Deus. O jeito Marista de educar fundamenta-se nos
ideais de São Marcelino Champagnat. Para bem educar uma criança, um jovem, é
preciso antes de tudo ter amor por eles. A Instituição constitui-se num
ambiente propício de formação da pessoa em todas as dimensões: cognitiva,
social, afetiva, cultural e espiritual, visando uma sociedade mais solidária e
possível para todos. O objetivo primeiro do projeto educativo e evangelizador
Marista é a promoção da vida em todos os sentidos. Estamos atentos aos clamores
dos empobrecidos, lutando com eles e por eles, em busca da justiça, da
partilha, da dignidade e da ética. Desenvolve um trabalho que visa à formação integral
do educando, tendo como modelo de virtude, MARIA, pedagoga da esperança e do
amor.
Como
escola católica, é uma comunidade em que fé, esperança e amor são vividos e
comunicados, na qual os educandos, progressivamente, são iniciados no
permanente desafio de harmonizar fé, cultura e vida.
Dirigido
pelo Irmão Gerson Lima, o Colégio Marista acolhe cerca de 1000 educandos e um
corpo de 80 educadores (professores e funcionários) comprometidos com a
aprendizagem significativa, proporcionando aos educandos o desenvolvimento de
competências e habilidades que atendam aos novos paradigmas de qualidade
exigidos em um mundo globalizado.
Palavras do Diretor
Irmão Gerson de Lima |
Na sociedade em que vivemos, com a
ampliação das ambiências de formação escolar, a atual concepção e Educação
proposta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, insiste na
formação de um cidadão ativo e tecnicamente competente, não se restringindo,
como no passado, a mera transmissão de conhecimentos, onde a atividade de
ensinar era centrada no professor, detentor dos saberes do aluno.
Entretanto,
a grande preocupação de São Marcelino Champagnat era dar respostas às
necessidades e aos problemas de sua época, justamente no auge em que a
Pedagogia Tradicional ditava que a principal tarefa da escola era a de
transmitir conteúdos escolares e ainda castigar os alunos fisicamente. Para
ele, a missão de educador, empenhava-se no bom senso e sabedoria, em
estabelecer estratégias que mantivesse vivo o espírito de educação cristã,
ajudando crianças e jovens a tornarem-se “bons cristãos e virtuosos cidadãos”.
O
exemplo e a presença prolongada também eram elementos importantes na pedagogia,
que ele resumia: “Para bem educar as crianças é preciso, antes de tudo,
amá-las, e amá-las todas igualmente”. E
por que não amarmos também os jovens conflituosos, aflitos, inquietos,
indecisos, incompreendidos por seus familiares e por uma sociedade excludente?
Desse
princípio fundamental, ainda complemento: E por que não um “Amor
Incondicional”? Acredito que ao amarmos
dessa forma estaremos contribuindo para a construção de pessoas comprometidas
com a transformação da sociedade, tendo como fundamentos os valores cristãos,
vivenciados através do diálogo, do respeito mútuo, da convivência fraterna, das
ações solidárias, com liberdade e responsabilidade.
Que
sejamos o espelho de Maria, nossa Boa Mãe da visitação, caminhante corajosa em
busca de seus filhos, agindo com simplicidade, amor e justiça. É o conjunto
desses elementos e a sua interação que conferem originalidade à Educação
Marista e que precisam sempre ser acentuados na nossa comunidade.
Conversando com os irmãos Maristas
Irmão Antônio Aguiar, Irmão Gerson e Irmão Moreira de Freitas. |
Ir. José Moreira de Freitas
ex-Educador e Gestor do Colégio Marista Pio XII, natural da cidade de Serrinha
–BA. Ir. Moreira como era chamado pelos alunos na época que era educador e
gestor.
Em 1953 entrou na congregação Marista aos 14 anos e meio.
Foi aluno do Colégio São Luiz – Recife, no ano de 1954 foi para Apipucos
concluir seu curso fundamental no Colégio Conceição. O curso médio fez quando
se preparava para os primeiros votos nos anos de 1958, 1959 ,1960 e 1961 em
Campina Grande e Recife.
Naquele tempo
fazia um curso preparatório relâmpago para lecionar (curso de atualização de
ensino) fez na Bahia e assumiu uma cadeira de geografia, história e ciências no
Colégio Sagrado Coração em Nossa Senhora do Bonfim. O Colégio era dirigido pelo
Ir. Antônio de Aguiar de 65 à 65
lecionando. Passando esse tempo voltou para Recife onde fez vestibular
para Ciências Biológicas na Faculdade Católica dos Jesuítas (UNICAP).
Final de 1966 foi transferido e foi trabalhar no Colégio
Conceição (Apipucos) e ao mesmo tempo transferido para Universidade Federal
durante o dia e a noite lecionando até 1969.
Uma vez por semana passava dois dias em Surubim e ao mesmo
tempo lecionava Iniciação à Química e Biologia no Colégio Marista Pio XII.
Em 1969 falou para o Ir. Damião Clemente que era o
provincial que queria vir morar em Surubim e foi residir na comunidade Marista.
Trabalhou lado a lado até o início de 1975, quando o Ir. Antônio Aguiar foi pra
Maceió e Ir. Moreira assumiu a direção até 1981, quando entregou a direção para
Ir. Ferreira, ficando como vice. E chegando o final de 1981, pediu
transferência e no início de 1982 viajou para Recife assumindo o Colégio Conceição.
Depois foi transferido para dirigir o Colégio Marista em Aracatí – CE e em
seguida foi gestor do Marista em Santana do Araguaia.
De volta a Surubim há seis anos, com 12 anteriormente,
soma-se 18 anos. Gosta muito do povo daqui. “O povo de Surubim é um povo dinâmico, lutador,
tem garra, foi um dos lugares que eu mais me identifiquei. A cidade tem moradia
crescente, povo independente, isto é muito bom”, explica o Ir. Moreira.
O Colégio era só de homens e tinha internato. Depois
passou para o Estado, foi quando houve uma confusão política. Segundo ele, o
livro “Moedas Falsas” de Dr. José Nivaldo conta todo o episódio ocorrido na
época. O Diretor do Educandário era Ir. Moreira que não deixaram entrar e
bradou aqui: só passa por cima do meu cadáver. A população de Surubim se
revoltou, tinha pais se escondendo com espingarda na escuta, se houvesse
invasão ia ter derramamento de sangue.
O Colégio foi desocupado e foram para Escola profissional
e os alunos foram divididos. A outra parte para a Escola Estadual. Depois os
alunos voltaram para o Marista que passou a ser particular, então o Marista
assumiu legalmente o Colégio Marista de Surubim e há 10 anos tornou-se um
Colégio de obra social, tem um convênio com a Prefeitura onde é dado toda
merenda. O fardamento e os livros são doados pelo Colégio Marista.
Quando o Colégio Tornou-se social, muitos alunos saíram
para o Colégio Nossa Senhora do Amparo e 3º Milênio de Limoeiro. No Colégio
Marista hoje só entra pessoas que passam pela triagem a assistente social.
Depois
que o Ir. Gerson assumiu o Colégio, saíram 10 crianças chorando para permanecer
no colégio. Os pais tem que comprovar uma renda de até um salário ou menos. Se
o pai melhorar de vida, passar do que é exigido no Colégio, vai ter que sair, pois
é a norma do Colégio.
Ir. Gerson é natural de Surubim, já passou por vários
Colégios Maristas do País. Assumiu a direção do Colégio Marista em 1997 a 2001
e retornou em 2011 a 2016 e fala: “Eu ficaria eternamente na minha terra. A
disciplina, o compromisso dos educandos e o amor à casa e à causa, eles tem
vocação mesmo para ser educadores, o resultado acadêmico a cada ano é
progressivo. Todos os anos os alunos passam no ENEM, eles também participam da
olimpíada de matemática da rede dos Colégios Maristas e ficamos em 3º lugar. O
que me deixa muito feliz! A nossa arte, cultura, dança, teatro e música que é
de qualidade, principalmente por ter tido os incentivos do Ir. Eduardo Amorim”,
conta.
“Depois que Ir. Eduardo foi embora, nossos professores
ficaram melhores com Piancó Neto – Coordenador do CEAC Arte e Cultura, Janaína
Professora de dança e coreografia, Igor Professor de Teatro, Tuca Professor de
Música”, continua.
Além do Ir. Moreira e Ir. Gerson, também batemos um papo
com o Ir. Antônio Aguiar em sua residência. É de se encantar com sua sabedoria
aos 96 anos de idade. “Há um momento na vida que devemos olhar para trás. Eu me
encontro nesta dimensão”, frisou Ir. Antônio Aguiar.
Ir. Antônio esteve de 1969 à 1975 como Diretor do Colégio
Marista Pio XII de Surubim. “Aqui encontrei com muita alegria o meu querido tio
Ir. Bernardo que junto ao Monsenhor Luiz Ferreira Lima se tornaram os
fundadores do Colégio Pio XII. Hoje volto ao meu antigo Colégio Pio XII e me
sinto entusiasmado com o que vejo, olhando o Campo de São Marcelino Champagnat,
ou seja, Colégio Educação Marista”, relembra.
Depois
de nove anos o Ir. Antônio Aguiar está de volta ao colégio que se confunde com
sua história. “Encho-me de vaidade em ter sido um dos fundadores e
proporcionado o que vejo hoje. Voltando à comunidade Marista me encontro ao
lado de dois eficientes membro de nossa família, Ir. Gerson que foi aluno e
agora Diretor do nosso Educandário Marista e o Ir. Moreira que também foi
aluno, educador e gestor. Se olho ao meu lado, sinto a presença de uma plêiade
de antigos alunos(as) que nos proporcionaram orgulho, alegria e iniciação do
grande aparato que vejo hoje ao meu lado, minha ex-aluna Maluma Marques
promotora do desenvolvimento do memorial intelectual dessa grande pujança de
antigos alunos(as) é um orgulho muito grande para mim”, expressa com um singelo
sorriso no rosto.
Ele analisa o crescimento do campo, intelectual e moral
dos antigos alunos maristas do nosso Pio XII. “O desenvolvimento religioso da
grande cidade do agreste pernambucano, sinto em toda parte. Se olho para o
setor econômico descubro que aqui em Surubim está plantando o desenvolvimento
da cidade que tem prosperidade. Por tanto me sinto honradíssimo em poder
propagar junto aos meus conterrâneos de Pernambuco o quanto é engrandecedor
para um antigo professor e diretor, sentir a pujança do crescimento dessa bela
cidade do Agreste de Pernambuco.Pensando até que em breve estaremos dividindo
as honras com Caruaru de sermos uma das cidades mais promissoras em
crescimento. Faço votos para onde chegar a capacidade de minha querida
interlocutora que vale a pena celebrar junto aos antigos alunos as glórias do
desenvolvimento econômico, moral e intelectual da grande cidade Pernambucana”,
ressalta com altivez o Ir. Antônio Aguiar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário