Na véspera, moeda subiu 0,2%, a R$ 3,5702; no ano, dólar
perde 9,5%.
Banco Central não anunciou intervenção cambial na última
sessão.
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Notas de dólar (Foto: Reuters)
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O dólar recuava e voltava ao patamar de R$ 3,55 nesta
sexta-feira (20), acompanhando o bom humor nos mercados externos e após o Banco
Central não anunciar intervenção cambial pelo segundo dia consecutivo.
Às 10h39, a moeda
norte-americana perdia 0,86%, a R$ 3,5394 na venda. Veja a cotação do dólar
hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,5%, a R$ 3,5512
Às 9h49, queda de 0,65%, a R$ 3,547
Às 10h16, queda de 0,74%, a R$ 3,5435.
O Banco Central ainda não anunciou para esta sessão qualquer
intervenção cambial, após ficar ausente do mercado na sessão passada.
"Com uma agenda fraca aqui e lá fora, a sessão tende a
ser mais calma", afirmou o operador da corretora Correparti Guilherme França
Esquelbek.
O dólar recuava contra diversas moedas nesta sessão, em
movimento de ajuste após dois dias de pressão relacionada à política monetária
dos Estados Unidos.
A ata da última reunião do Federal Reserve e declarações de
autoridades do banco central norte-americano reviveram apostas em aumento de
juros em junho, o que poderia atrair para os EUA recursos aplicados em outros
mercados.
No Brasil, a ausência de intervenções do BC também abria
espaço para algum alívio no câmbio. A autoridade monetária vem atuando por meio
de leilões de swap cambial reverso para reduzir seu estoque de swaps
tradicionais e amortecer a queda da moeda norte-americana, especialmente quando
a divisa recua abaixo de R$ 3,50.
Swaps tradicionais equivalem a venda futura de dólares e
swaps reversos correspondem a compra futura de dólares. Operadores mantinham
ainda a postura de cautela que predominou durante a semana enquanto aguardam
novas pistas sobre a estratégia econômica que será efetivamente adotada pela
equipe do presidente interino Michel Temer.
A indicação de Pedro Parente para presidir a Petrobras foi
bem recebida pelo mercado, mas operadores ainda querem ver medidas concretas.
"A primeira semana do governo em exercício termina sem
qualquer medida sobre o que será feito para reverter o quadro degradante da
economia brasileira", disse o superintendente regional de câmbio da
corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.
O governo anunciará na segunda-feira a previsão de déficit
primário para este ano, mas ainda está fechando os números.
Último fechamento
A moeda norte-americana avançou 0,20% frente ao real na
véspera, a R$ 3,5702 na venda. Mais cedo, atingiu R$ 3,6147 no pico do dia. Na
semana, o dólar tem variação positiva de 1,3%. No mês de maio, a moeda avança
3,78%. Em 2016, recua 9,5%.
Na véspera, o Banco Central não anunciou qualquer
intervenção cambial para esta sessão. O BC tem aproveitado o recuo recente do
dólar para reduzir seu estoque de swaps cambiais tradicionais, que equivalem a
venda futura de dólares, especialmente quando a moeda norte-americana recua
abaixo de R$ 3,50.
Utilizando leilões de swap reverso, que equivalem a compra
futura de dólares, e deixando os swaps tradicionais vencerem, o BC reduziu o
estoque a cerca de US$ 62 bilhões, segundo dados da instituição. Esse montante
somou mais de US$ 100 bilhões durante boa parte do ano passado, segundo a
Reuters.
Esses instrumentos, que oferecem proteção contra a variação
da moeda norte-americana, tendem a gerar custos para o BC quando o dólar sobe.
De maneira geral, operadores esperam que o BC mantenha a estratégia de reduzir
essa posição em ocasiões de alívio do câmbio.
Por: G1.
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