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Crédito/Divulgação. |
Um fato inusitado marcou o interrogatório do ex-governador
do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pelo juiz Sérgio Moro em um dos processos da
Operação Lava Jato, ontem (27), em Curitiba. No início da oitiva, Cabral seguiu
orientação de seu advogado e disse ao juiz que optaria pelo direito
constitucional ao silêncio e que responderia apenas a perguntas de sua defesa.
Quando os questionamentos do juízo e do Ministério Público
foram feitos, Cabral ficou literalmente em silêncio e provocou risadas em Moro
e nas demais pessoas que estavam presentes na audiência. “O senhor tem que
dizer que não responde. Não é literal. Não é para brincar de vaca amarela”,
disse Moro, em referência a uma brincadeira popular que consiste em um desafio
para que todos fiquem em silêncio.
Durante a audiência, Cabral disse que não recebeu propina da
empreiteira Andrade Gutierrez para favorecer a empresa nas obras do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. O ex-governador
admitiu, no entanto, ter recebido caixa 2 para financiar a própria campanha
eleitoral ao governo do Rio de Janeiro.
Cabral é alvo de sete denúncias oferecidas pelo Ministério
Público Federal (MPF) na Operação Calicute, um desdobamento da Operação Lava
Jato no Rio de Janeiro. Ele está preso desde 17 de novembro do ano passado no
Complexo Prisional de Bangu, sob a acusação de receber propina em obras
realizadas pelo governo do estado.
Segundo as investigações, o ex-governador chefiava um
esquema de corrupção que cobrou propina de construtoras, lavou dinheiro e
fraudou licitações em grandes obras no estado realizadas com recursos federais.
Por: Agência Brasil.
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