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Crédito: Divulgação. |
O tráfico de pessoas é o terceiro crime mais lucrativo do
mundo, depois do tráfico de drogas e de armas. Segundo relatório de 2014 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), a atividade criminosa gera US$ 150
bilhões em lucros ilegais na economia privada todos os anos no mundo. O assunto
é tema do programa Diálogo Brasil desta segunda-feira (31), às 22h, na TV
Brasil.
Para estimular a prevenção a esse tipo de crime, a
Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o dia 30 de julho como Dia Mundial
do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o Brasil faz parte do grupo de 13
países-alvo de uma ação global destinada a chamar a atenção da população sobre
as situações que podem ter como finalidade o tráfico de seres humanos.
Para debater o tema, o Diálogo Brasil recebe a coordenadora
nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Renata Braz, do Ministério da
Justiça, e o coordenador de Combate ao Trabalho Forçado da OIT, Antonio Carlos
de Mello.
Apenas em outubro do ano passado, o Brasil passou a contar
com uma legislação específica de repressão e prevenção ao tráfico de pessoas.
Mas Mello destaca que o país tem posição singular no mundo, ao reconhecer a
existência, em território nacional, de trabalho escravo – uma das principais
motivações para o tráfico de pessoas. Segundo ele, a regra é os países não
admitirem o problema para evitar prejuízos à pauta de exportação numa economia
globalizada.
Renata Braz avalia que o protagonismo brasileiro nessa área
é uma das razões da inclusão do país na ação global da ONU.
Segundo a coordenadora, os principais alvos do tráfico são
mulheres e meninas aliciadas para exploração sexual. Ela explica que o
consentimento das vítimas não descaracteriza o crime e cita o exemplo de
prostitutas que concordam em ser levadas ao exterior com o sonho de aumentar os
ganhos e acabam virando escravas sexuais.
Há várias outras modalidades praticadas pelos traficantes,
como a remoção de órgãos - às vezes vitais, o que leva à morte da vítima - e
falsas promessas de sucesso no futebol, que terminam distante dos gramados, com
jovens submetidos a abusos.
Também participam do Diálogo Brasil, por meio de gravações
em vídeo, o representante no Brasil do Escritório das Nações Unidas sobre
Drogas e Crimes (UNODC), Rafael Franzini; o vice-presidente do Fórum Nacional
do Poder Judiciário para Monitoramento e Efetividade das Demandas Relacionadas
à Exploração do Trabalho em Condições Análogas à de Escravo e ao Tráfico de
Pessoas, Gustavo Alkmin, que também é membro do Conselho Nacional de Justiça; o
deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), que presidiu a CPI do Tráfico de Pessoas
em 2013; e o defensor público federal Leonardo Magalhães.
Por: Agência Brasil.
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