Paulo Câmara afirmou, nesta segunda (31), que houve mais de 30 homicídios no fim de semana, mas disse que não há necessidade de acionar tropas federais. Até junho, estado teve 2.876 assassinatos.
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'Diferentemente do Rio, Pernambuco tem uma segurança
profissional', declarou o governador Paulo Câmara (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Apesar das crescentes estatísticas de homicídios em
Pernambuco em 2017 em relação ao ano anterior, o governador do Estado, Paulo
Câmara, afirmou, nesta segunda-feira (31), que não há necessidade de reforçar a
segurança do estado com a presença das Forças Armadas, procedimento adotado
pelo Rio de Janeiro desde a sexta (28). “Pernambuco, diferentemente do Rio, tem
uma segurança profissional, com pessoas responsáveis”, cravou.
O chefe do Executivo de Pernambuco foi questionado sobre o
registro extraoficial de 30 homicídios no estado no fim de semana e disse que o
governo trabalha com uma estatística maior. “Foram mais do que isso. A gente
está com números preliminares", declarou, sem, no entanto, apontar um
número exato. Dados consolidados da violência só vão ser divulgados no dia 15
de agosto.
A declaração foi dada após a entrega de 83 veículos para as
polícias Civil, Militar e Científica, feita no Palácio do Campo das Princesas,
sede do governo estadual, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.
“Não há por que não acreditarmos cada vez mais no trabalho
das nossas polícias, que são [formadas por] pessoas sérias e profissionais”
Ainda na ocasião, Câmara reconheceu que há problemas na
segurança pública do estado, mas são enfrentados com trabalho. “Não há por que
não acreditarmos cada vez mais no trabalho das nossas polícias, que são
[formadas por] pessoas sérias e profissionais”, garantiu o governador.
No primeiro semestre de 2017, Pernambuco registrou 2.876
homicídios, para uma população de 9,4 milhões de pessoas, segundo estimativa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita em 2016.
O estado do Rio, com cerca de 16.6 milhões de habitantes,
também segundo o IBGE, notificou 3.457 assassinatos entre os meses de janeiro e
junho de 2017, segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro
(ISP-RJ).
No mês de junho, o estado do Rio registrou 506 crimes entre
homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e
homicídios decorrentes de intervenções à ação policial, número 5,9% maior do
que o mesmo período do ano anterior. Em Pernambuco, os 380 homicídios
registrados em junho superam em 14,4% os 332 casos registrados no mesmo mês de
2016.
Entrega de viaturas policiais
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Nesta segunda-feira (31), governo de Pernambuco entregou 83
viaturas às polícias Civil, Militar e Científica (Foto: Marina Meireles/G1)
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Dos 83 veículos entregues nesta segunda (31), 42 são
destinados à Polícia Militar, 25 motos vão para a Ronda Ostensiva com Apoio de
Motocicletas (Rocam), quatro caminhonetes serão destinadas ao Grupo de
Operações Especiais e outras sete serão encaminhadas a delegacias e batalhões.
Há, ainda, cinco veículos que serão encaminhados à Polícia Científica.
De acordo com Paulo Câmara, a entrega de novos veículos,
somada à realização de concursos públicos para as polícias de Pernambuco, são
alternativas para buscar diminuir a criminalidade no estado. “Terminamos 2016
muito mal, mas começamos a reverter esses números para terminar 2017 numa
condição bem melhor”, frisou.
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Das 83 viaturas, 25 são motos encaminhadas à Ronda Ostensiva
com o Apoio de Motocicletas (Rocam) (Foto: Marina Meireles/G1)
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“O trabalho das polícias está sendo feito e cabe dentro da
política do Pacto Pela Vida ver as formas de acelerar a emissão de mandados [de
prisão] para que possamos dar respostas mais rápidas. Tenho certeza de que a
gente está caminhando melhor do que antes”, assegurou o governador.
Para o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de
Pádua, o compromisso da polícia com a população de Pernambuco é reafirmado com
a entrega das viaturas, realizada nesta segunda (31). “O compromisso nosso é
com a segurança. O emprenho do governo em colocar novas ferramentas de trabalho
à disposição é determinante para que a gente consiga vencer a violência”,
afirmou.
Por: G1.
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