Atriz Márcia Cabrita fez quimioterapia em 2010 contra o tumor. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, maioria dos tumores é diagnosticada em estágios avançados.
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Márcia Cabrita como Caca, a versão humana da Cuca, em
episódio do 'Sítio do picapau amarelo' exibido em 2007 (Foto: TV Globo / Márcio
de Souza)
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O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de
ser diagnosticado e, por esse motivo, é o que menos tem chance de cura, informa
o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo o órgão, cerca de 3/4 desses
tumores já estão em estágio avançado no momento do diagnóstico.
No caso da atriz Márcia Cabrita, que morreu aos 53 anos
nesta sexta-feira (10), o tratamento de quimioterapia foi iniciado em 2010 e
ela chegou a remover o ovário. A informação foi confirmada pela GloboNews.
O maior entrave para o diagnóstico desse tipo de tumor está
na dificuldade de exames eficazes para o rastreamento -- situação diferente nos
tumores de mama, por exemplo, que contam com a mamografia.
De acordo com dados do INCA, o Brasil registrou 6.150 novos
casos em 2016 -- o que representa, em média, 3% dos tumores femininos. A causa
desse câncer não está muito definida, mas apenas 10% deles têm origem
hereditária.
Mutações nos genes BRCA-1 e BRCA-2, associados ao câncer de
mama, também levam ao câncer de ovário. Por isso, além das mamas, a atriz
Angelina Jolie, também retirou o órgão como medida preventiva.
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Além da dupla mastectomia, Angelina Jolie retirou os ovários
para tentar prevenir o câncer (Foto: AP )
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Tumores começam no ovário
Como o nome sugere, o câncer de ovário começa no ovário --
glândulas reprodutivas responsáveis pela produção do óvulo. Eles são também as
principais fontes dos hormônios estrógeno e progesterona. Cada ovário ocupa um
lado da pelve feminina.
Formados por três tipos diferentes de célula, cada tipo de
célula do ovário pode se transformar num tumor diferente na ocorrência de um
câncer, segundo a Sociedade Americana do Câncer:
Os tumores epiteliais começam a partir das células que
cobrem a superfície externa do ovário. A maioria dos tumores ovarianos são
tumores de células epiteliais;
Os tumores de células germinativas começam a partir das
células que produzem os óvulos;
Os tumores estromais começam a partir de células que
produzem hormônios femininos, estrogênio e progesterona.
Sinais são inespecíficos, mas ajudam a identificar
Nos tumores de ovário, informa o INCA, o diagnóstico é feito
por uma suspeita do médico, que pode pedir um ultrassom transvaginal ou exames
de sangue que detectam marcadores do tumor -- como o CA-125. Esses exames não
são ideais para o estágio inicial da doença.
Depois, o diagnóstico ainda deverá ser confirmado por uma
biópsia.
Segundo o A.C. Camargo Cancer Center, referência no tratamento
do câncer, trata-se de um tumor silencioso, mas, a depender da evolução, alguns
sinais podem ser identificados:
-Náusea
-Azia
-Dor abdominal
-Aumento do volume abdominal
-Sangramento e aumento da frequência urinária
Os sinais acima são inespecíficos, já que também podem ser
causados por outras condições. O mais importante, segundo a Sociedade Americana
do Câncer, é identificar anormalidades no modo em como a mulher se sente
normalmente.
As chances do tumor aumentam com a idade e após a menopausa.
O principal tratamento é cirúrgico, com a remoção do ovário. Também pode
seguir-se uma quimioterapia para eliminar células tumorais residuais --
protocolo que foi seguido pela atriz Márcia Cabrita.
Por: Bem Estar.
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