Kim Jong Un disse ao presidente chinês, Xi Jinping, que seu regime está "comprometido com a eliminação das armas nucleares"
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Presidente chinês, Xi Jinping, e líder norte-coreano, Kim
Jong Un, estampam a capa de um jornal chinês
Foto: Fred Dufour / AFP
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O líder norte-coreano, Kim Jong Un, viajou à China para uma
visita histórica, na qual se disse disposto a celebrar uma cúpula com os Estados
Unidos e discutir a eliminação das armas nucleares da península coreana.
Em visita inédita ao exterior como chefe de Estado, Kim Jong
Un se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, revelou a agência
de notícias Nova China na quarta-feira (28).
Durante a visita que se estendeu de domingo a quarta e foi
realizada a convite de Xi Jinping, o presidente chinês ofereceu um banquete de
boas-vindas ao líder norte-coreano e sua esposa, Ri Sol Ju.
"Tive conversas bem sucedidas com o secretário-geral Xi
Jinping sobre o desenvolvimento de relações entre as duas partes e os dois
países, nossas respectivas situações domésticas, a manutenção da paz e da
estabilidade na península coreana e outros temas", disse Kim durante o
banquete.
De acordo com a Nova China, durante o encontro, Kim
confirmou que a "República Popular Democrática da Coreia está disposta a
dialogar com os Estados Unidos e celebrar uma cúpula entre os dois
países".
No começo deste mês, a Coreia do Sul informou que Kim havia
se oferecido para se reunir com o presidente americano, Donald Trump, mas
Pyongyang não confirmou, nem negou oficialmente a proposta de cúpula.
Kim Jong Un disse ao presidente chinês, Xi Jinping, que seu
regime está "comprometido com a eliminação das armas nucleares".
"A questão da 'desnuclearização' da península coreana
pode ser resolvida se a Coreia do Sul e os Estados Unidos responderem aos
nossos esforços com boa vontade, criarem uma atmosfera de paz e estabilidade,
enquanto tomam medidas progressivas e simultâneas para a realização da
paz", disse Kim durante a visita.
"Nossa posição constante é de compromisso com a
'desnuclearização' da península coreana, conforme a vontade do ex-presidente Kim
Il Sung e do ex-secretário-geral Kim Jong Il", predecessores - avô e pai -
de Kim Jong Un.
Kim Jong Un declarou ainda que "sem dúvida, minha
primeira visita ao exterior deveria ser à capital chinesa". Isto era meu
dever solene, sendo alguém que deve cuidar e manter as relações RPDC-RPC
através das gerações", segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.
Xi Jinping recordou a amizade entre China e Coreia do Norte,
forjada durante a guerra da Coreia (1950-1953).
Em nome do partido no poder e do governo norte-coreanos, Kim
convidou Xi "a efetuar uma visita oficial à RPDC no momento apropriado e o
convite foi aceito com prazer", informou a KCNA.
A TV estatal chinesa CCTV exibiu imagens de Kim e Xi
apertando as mãos diante das bandeiras dos dois países, acompanhados de suas
esposas. O encontro ocorreu no Palácio do Povo, o enorme prédio à margem da
Praça Tiananmen.
Xi e Kim escutaram os hinos nacionais dos dois países e
passaram a tropa em revista, segundo as imagens da TV. A reunião precede a
realização de cúpulas com Seul e Washington, que poderiam perturbar Pequim,
única aliada de Pyongyang, e a visita é uma clara demonstração de respeito do
regime norte-coreano pelo governo chinês.
Nos últimos anos, as relações bilaterais ficaram tensas
diante do crescente apoio de Pequim às sanções econômicas da ONU contra os
programas nuclear e balístico de Pyongyang.
Por: Folha PE.
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