A Secretaria de Saúde do Pará informou ter notificado 12
casos de raiva humana no estado, incluindo seis mortes. Até o momento, pelo
menos um caso foi confirmado.
Segundo o órgão, um paciente morreu na tarde de ontem (15)
no Hospital Regional de Breves. Quatro crianças seguem internadas na Santa Casa
de Misericórdia em Belém e uma no Hospital Regional de Breves, que também
atende um adulto com suspeita da doença. A maioria dos pacientes se mantêm em
estado considerado grave.
Por meio de nota, a secretaria informou que continua o
trabalho de investigação e prevenção da raiva humana no município de Melgaço,
no Arquipélago do Marajó. Na última segunda-feira (14), 1 mil doses de vacina
antirrábica e 300 frascos de soros antirrábico foram enviados à região. As
ações se concentram na localidade de Rio Laguna, a cerca de 70 quilômetros de
Melgaço, onde residem aproximadamente mil pessoas. Até o momento, foram
vacinadas 500 pessoas.
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O morcego hematófago pode transmitir o vírus da raiva -
Divulgação/governo do estado de Santa Catarina
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Ainda de acordo com o governo estadual, coletas sorológicas
foram realizadas em todos os pacientes – inclusive os que morreram – e
encaminhadas ao Instituto Pasteur, em São Paulo, laboratório referência no
diagnóstico de raiva humana. Desde o último dia 4, equipes de vigilância
epidemiológica e de vigilância em saúde estão no local para investigar as
suspeitas, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará e o
Ministério da Saúde.
Todos os casos notificados pela Secretaria de Saúde como
suspeitos para raiva humana apresentam quadro semelhante, com sinais e sintomas
como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos como
paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir),
desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente
agudos).
Histórico
Casos confirmados de raiva humana no Pará não ocorrem desde
2005, quando 15 casos foram registrados no município de Augusto Corrêa e três
em Viseu (nordeste paraense) – todos por transmissão de morcego hematófago (que
se alimenta de sangue).
Em 2004, Portel (município do Marajó) registrou 15 casos da
doença – todos também por morcegos hematófagos, assim como os seis casos
confirmados em Viseu, no mesmo ano.
Todos os casos confirmados nesses dois períodos, segundo a
secretaria, evoluíram para óbito.
Por: Agência Brasil.
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