Alfredo Pinheiro, presidente do Sindicombustíveis-PE, negou as acusações que, segundo ele, até o presente momento, não foram esclarecidas pela Polícia Civil.
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Alfredo Pinheiro, presidente do Sindicombustíveis-PE
Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
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O presidente do Sindicombustíveis-PE, Alfredo Pinheiro, concedeu, no início
da tarde desta terça-feira (15), coletiva de imprensa para falar sobre o
resultado da Operação Funil, deflagrada pela manhã pela Polícia Civil com
objetivo de desarticular uma rede de postos acusados de praticar cartel. Foram
cumpridos três mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em
domicílios e estabelecimentos comerciais no Recife, Jaboatão, Abreu e Lima,
Igarassu, Moreno, Vitória de Santo Antão, Pombos, Paudalho, Glória do Goitá,
Gravatá e Bonitos.
Na ocasião, Pinheiro negou, com veemência, as acusações que segundo ele,
até o presente momento, não foram esclarecidas pela Polícia Civil. "O que
sabemos foi através do que saiu na imprensa, pois, até o momento, não tivemos
acesso ao processo", revelou o presidente do Sindicombustíveis- PE.
Segundo ele, não é possível que exista a prática de combinação de preço,
uma vez que cada dono de posto é livre para praticar o preço que quiser.
"Não conheço outro segmento econômico que seja mais regulado. É o único
que tem obrigação de informar o preço de compra e o preço de venda dos seus
produtos, com uma tolerância de 0,5% nos equipamentos volumétricos, nas
misturas do anidro ou no biodiesel, nas impurezas, mesmo sabendo que a nossa
mercadoria, até chegar nos postos, passam por vários modais. Empregamos,
geramos renda, somos uma ilha de serviços para a sociedade.
Ainda segundo o presidente do sindicato, os donos de postos sofrem uma
"concorrência desleal". "Temos carga tributária de 50%, em
média, nos combustíveis e, se não bastasse a nova política de preços da
Petrobras, as distribuidoras, as que detêm mais de 75%, ainda elegem aqueles
que devem ganhar ou perder. Muitos revendedores não entendem a importância do
poder associativo, participar dos movimentos em defesa da categoria"
desabafou Pinheiros.
O presidente afirmou que o Sindicombustíveis está se mobilizando para
soltar os três funcionários presos. "Assim como eu, que sou um pai de
família e fui acordado às 4h30 da manhã para ir prestar depoimento sobre a
acusação arbitrária de formação de cartel, esses três trabalhadores também fora
surpreendidos. Queremos justiça para solucionar esse problema que, confesso,
não ser justificável, uma vez que, do Nordeste, Pernambuco é o estado que detém
a segunda gasolina mais barata, atrás apenas de João pessoa", afirmou o
sindicalista.
Por: Folha PE.
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