Agora, o medicamento Keytruda (pembrolizumabe) poderá ser usado juntamente com a quimioterapia como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer de pulmão
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Remédios
Foto: Pixabay
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou,
no dia 11 de junho, uma nova indicação para o medicamento Keytruda
(pembrolizumabe). Agora, a droga poderá ser usada juntamente com a
quimioterapia como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer de
pulmão de células não pequenas metastático.
A droga já era aprovada no Brasil para melanoma avançado
(tipo mais agressivo de câncer de pele), carcinoma urotelial (tipo de câncer de
bexiga) e câncer gástrico.
O remédio tem como alvo a proteína PD-1, que aparece na
superfície das células de defesa e impede que elas reconheçam e ataquem o
tumor.
Com a droga, o tumor sistema imunológico passa então a
reconhecer o câncer como invasor e a atacá-lo. A Anvisa afirma que foi a
primeira autoridade reguladora a aprovar tal indicação com base nos resultados
disponíveis em estudo de fase 3 (Keynote-189).
O medicamento faz parte do grupo dos imunoterápicos, que têm
mudado radicalmente o tratamento do câncer nos últimos anos. A estratégia que
tira o disfarce do câncer e faz com que o próprio organismo combata a doença
trouxe excelentes resultados para tumores sem muitas opções terapêuticas com
menos efeitos colaterais.
Agora, como a aprovação da Anvisa deixa claro, o uso de
múltiplas drogas ao mesmo tempo parece ser a próxima fronteira para combater a
doença. Em 2011, a droga ipilimumabe foi o primeiro imunoterápico aprovado
contra o melanoma nos EUA e a responsável por gerar todo o entusiasmo com essa
classe de medicamentos. As drogas inovadoras, porém, ainda esbarram no alto
custo. O valor do tratamento pode chegar na casa das centenas de milhares de
reais.
Por: Folha PE.
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