Para compor o índice, são apurados dados oficiais sobre saúde e educação básicas além das taxas de emprego e renda média dos trabalhadores
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Pouco mais de um terço das capitais brasileiras figuram na
lista dos 500 municípios mais desenvolvidos do país, segundo estatísticas de
saúde, educação, emprego e renda. A informação consta no Índice Firjan de
Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018, divulgado nesta quinta-feira (28) pela
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. O cálculo é feito com
base em dados de 2016, a partir de indicadores sociais em 5.471 municípios,
onde vivem 99,5% da população brasileira.
Para compor o índice, que voltou a subir após três anos de
queda, são apurados dados oficiais sobre saúde e educação básicas, como número
de matrículas escolares e mortalidade infantil, além das taxas de emprego e
renda média dos trabalhadores. Os dados completos podem ser conferidos na
página da Firjan na internet.
As 10 capitais mais bem posicionadas no ranking estão
distribuídas entre as cinco regiões do país. A liderança foi mantida por
Florianópolis, que registrou alto índice de desenvolvimento, com 0,8584 ponto,
ocupando o 47º lugar geral. Em seguida, aparece Curitiba (0,8378), que
ultrapassou São Paulo (0,8352) na segunda colocação, em relação ao levantamento
anterior, com base em dados de 2015. No quadro geral, as capitais paulista e do
Paraná ocupam, respectivamente, a 137ª e 74ª posições, respectivamente.
Na sequência, aparecem Teresina e Cuiabá. Entre as capitais,
foram as que mais subiram posições na comparação com o levantamento anterior. A
capital do Piauí, única do Nordeste entre as 10 mais desenvolvidas, pulou de
12ª para a 4ª colocação. A capital mato-grossense foi de 9ª para a 5ª posição.
“Muitas capitais por serem centro industriais, perderam
muitos postos de trabalho e baixaram o desempenho na vertente emprego e renda.
Já outras cidades um pouco menores, como Teresina e Cuiabá, conseguiram bons
rendimentos nesse indicador”, aponta o economista Jonathas Goulart, da Divisão
de Estudos Econômicos da Firjan.
As outras cinco capitais mais bem colocadas no levantamento
são: Vitória, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande e Palmas, a única
representante da região Norte na lista das mais bem posicionadas.
Brasília ficou fora da lista das 10 capitais mais
desenvolvidas ao cair três posições - do 10º lugar em 2015 (0,8001) para o 13º
(0,7799) em 2016.
Na parte de baixo da lista de desenvolvimento das capitais
aparecem Macapá (0,6446), seguida de Belém e Maceió, empatadas com 0,6918,
índice considerado regular. Pontuação semelhante obtiveram Manaus, Porto Velho
e Aracaju, todas também com desempenho regular. Apesar disso, nenhuma capital
de estado apresenta desenvolvimento considerado baixo, o que as deixa acima de
pelo menos 2 mil municípios com piores resultados.
“De maneira geral, as capitais têm uma média acima das
demais cidades. Isso se deve a melhor resultado na vertente de emprego e renda.
Elas têm um mercado de trabalho mais dinâmico, acaba obtendo notas mais altas
nesse quesito”, explica Goulart.
Quando se compara o quadro atual com os dados do período
pré-crise, em 2013, a capital que mais perdeu posições no ranking foi o Rio de
Janeiro, que saiu da 5ª para a 11ª posição em apenas três anos. Recife também
sentiu uma forte queda no mesmo período, passando da 13ª para a 18ª colocação.
Em ambos os casos, a queda no índice de emprego e renda foi o fator mais
determinante para este recuo.
No IFDM Saúde, 19 das 27 capitais apresentaram avanço no
último período em relação a 2015. Manaus ficou no extremo inferior do ranking
das capitais neste indicador em razão do baixo percentual de grávidas que
realizaram sete ou mais consultas pré-natais, apenas 45,7% do total. Na parte
superior está Curitiba, capital com o maior percentual de grávidas que
realizaram sete ou mais consultas pré-natais (88,8%).
No IFDM Educação, a melhor nota ficou com São Paulo, que
atingiu boas notas em todos os indicadores, segundo o levantamento. Apesar
disso, a nota do município Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
ainda está 0,8 ponto abaixo da meta determinada pelo Plano Nacional de Educação
(PNE) para 2021. Na outra ponta do ranking na área de educação, Maceió
apresentou nível de desenvolvimento considerado moderado, com taxa de
atendimento na educação infantil de 24,1%, o que representa uma estimativa de
mais de 71 mil crianças fora de creches ou pré-escolas. Além disso, a nota da
cidade no Ideb foi a menor entre as capitais: 3,7 pontos, muito abaixo da meta
de 6. Com informações da Agência Brasil.
Por: Notícias ao Minuto.
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