Um dos principais aliados de Haddad, Macena foi contador da campanha do petista à prefeitura, que foi alvo da operação Cifra Oculta, desdobramento da Lava Jato
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O candidato à Presidência do PT, Fernando Haddad, escolheu
como tesoureiro de sua campanha Francisco Macena, que assim como o ex-prefeito
de São Paulo, foi denunciado em maio pelo MPE (Ministério Público Eleitoral)
sob suspeita de uso de caixa dois para pagar despesas na campanha de 2012.
Um dos principais aliados de Haddad, Macena foi contador da
campanha do petista à prefeitura, que foi alvo da operação Cifra Oculta,
desdobramento da Lava Jato que apura o pagamento, pela empreiteira UTC, de
dívidas da chapa do petista referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6
milhões. Segundo três delatores da Lava Jato, o ex-deputado estadual Francisco
Carlos de Souza, o "Chico Gordo" ou "Chicão", recebeu, por
meio de gráficas ligadas a ele, R$ 2,6 milhões em propina da Petrobras para
pagar dívidas da campanha de 2012 de Haddad.
O pedido para que o dinheiro fosse entregue à gráfica foi
feito pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A delação do dono da UTC,
Ricardo Pessoa, serviu como ponto de partida para o inquérito. Em delação
premiada, a empresária Mônica Moura disse ainda que seus trabalhos para a
campanha do petista foram pagos com R$ 20 milhões provenientes de caixa dois,
vindos da Odebrecht e de Eike Batista. Moura disse que Haddad não se envolveu
nas negociações financeiras e que, ao ser cobrado por atrasos de pagamentos da
campanha, "dizia que não era com ele e mandava procurar o [João]
Vaccari", disse Moura, mencionando o ex-tesoureiro do PT. "O Haddad
meio que fazia o João-sem-braço. 'Não tenho nada a ver com isso'".
Além de Macena e Haddad, também foram denunciados o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-deputado estadual petista e
empresário de gráficas Francisco Carlos de Souza, e o empresário do setor
gráfico Ronaldo Candido.Chico Macena, como é conhecido, afirmou em janeiro,
quando a Polícia Federal decidiu pelo indiciamento no mesmo caso, que não havia
fundamento para a acusação.
"As testemunhas ouvidas, incluso o dono da gráfica, que
teria recebido o dinheiro, indica que os valores recebidos não tinham qualquer
relação com a campanha de Haddad. O relatório de análise do material apreendido
na residência de Gilberto Queiroz faz referência a materiais produzidos pelo
Diretório Municipal, mediante a emissão de notas fiscais em período anterior ao
registro da candidatura de Haddad. O repasse do Diretório Nacional consta da
prestação de contas e atende as exigências legais." Com informações da
Folhapress.
Por: Notícias ao Minuto.
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